-Uau! Um serviçal da Eslav. Já tinha ouvido dizer que os profs (sim, que a Ministra é uma mulher que domina as novas tendências da linguagem da linguagem) eslavenses são bons naquilo que fazem. Mas eu quero é resultados. Tem aí qualquer coisa pra mostrar? Uma sondagezinha, um relatoriozito, umas actas de conselho de turma?
Guerra atrapalhou-se. Remecheu os bolsos e a única coisa que de lá saiu foi a senha de almoço, papelinho que guarda religiosamente, nada substitui o cozinhado da D.Alice. Já estava com um ratinho no estômago.
Ninguém até hoje sabe se foi por causa do ratinho ou por causa da senha; o que se sabe é que, num fósforo, veêm em seu socorro Abel Belião com a sua pochete. Decidido, põe-na nas mãos da superiora.
Atendendo ao furor que já criara, os professores estavam curiosos e fazem roda à volta do trio. Deram as mãos e Conceição Batista pergunta:
-O que é que foi?
-Oh!!!!!!!! - exclamam os presentes. Nem no dia da greve de professores cantaram em coro tão afinado. -Xiiiii!
Abel abrira a MALA!
A desconfiança desvanecia-se no ar e este problema estava a desaparecer; o inocente conteudo estava ali à frente de todos. Onde estavam os cromos? Onde estavam os berlindes? Apenas muitos cartões de crédito, o cartão do Benfica, um papel A4 desgastado com a letra do Sou Benfica dos UHF, três telemóveis (um de cada rede), um PDA(P)* e o cartão da ecola!
O cartão da escola?! Abel já o tinha conseguido?! Em Dezembro?! Ah, soava um bocadinho mal. Mas esta era uma questão para outro eslavense ao serviço de Augusto Guerra resolver.
(CONTINUA)
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