30 setembro 2007

MAIS UMA REPORTAGEM DA REPORTER QUE MESMO ZAROLHA NÃO DEIXA DE VER TUDO

Sexta-feira de manha; a repórter zarolha senta-se no seu posto de trabalho que é simultaneamente de vigia. No estúdio, digo, no gabinete e mesmo ali ao lado, já se encontra o treinador.
Treinador – Uma pessoa combina vir aqui para uma entrevista e fica horas à espera…
Repórter Zarolha – Faço-te companhia enquanto vou passando estas fotos no scaner…
Com o passar do tempo, o treinador começa a dar mostras de nervosismo, mas mantém a pose, com mãos cruzadas em cima da mesa e olhar no infinito da parede em frente.
Pascoela assoma à porta: - Ah! Já aí estás… Não viram a Lúcia-Lima por aí?
Repórter Zarolha - Ela entrou agora mesmo ali ao lado…
- Hã…então volto já…
Lúcia-Lima entra pela outra porta: - Viram a Pascoela?
Treinador – Já estou a ficar tonto de ver estas duas às voltas. E eu, nada.
- 38º 44'08.39 N - 9º 13'24.58 W ! – Grita Alelex do gabinete do lado rendido às tecnologias mais audaciosas, depois de consultar o GPS. - A Pascoela está quase a chegar!
Quando finalmente elas se encontram, os três sentam-se para a dita entrevista.
Treinador – Antes de mais! Uma coisa vos garanto: a corrida da escola é no dia 5, dê lá para onde der.
De mansinho, D. Anémica chega à porta: - Storas, estão ali os alunos cujos encarregados foram convocados…
O treinador cruza os braços, desalentado. – Vão, vão eu espero… Posso é não voltar cá mais…
Lúcia-Lima - Quando te convocamos para esta entrevista avisamos de que ela podia ser interrompida a qualquer momento se aparecessem assuntos mais… importantes… lembras-te? Os alunos em primeiro lugar…
Moral da história: nos dias que correm, nem sempre o treinador é o protagonista da acção.

29 setembro 2007

UMA NOTA DO PADRE FELISBERTO DE JESUS, TREINADOR DO FFC

Sou o Padre Felisberto de Jesus.
Tornei-me conhecido, da noite para o dia, como treinador do Fátima Futebol Clube. Sim. A santa equipa que venceu (ou empatou, eu próprio ainda não entendi muito bem o milagre) o clube da Invicta.
Sempre fui um adepto ferrenho do futebol.
Comecei a minha humilde carreira treinando beatas. Elas queriam confessar-se - que é como quem diz, aproveitar o tempo de confessionário para dizer mal das outras - e rezar novenas, mas eu reunia-as no adro e punha-as mas é a jogar futebol; e se, ao princípio, as velhinhas protestavam, devo dizer-vos que, com o tempo, faziam uma figura muito melhor, não digo do que o Cristiano Ronaldo, mas sem dúvida do que o Pochato e os demais velhinhos que se juntam nas futeboladas das quartas, na eslav. Nunca uma das minhas velhinhas, mesmo jogando com véu, escorregou em bagos de uva (é só um exemplo que me ocorre...), nunca nenhuma bateu com as trombas na parede.
Atenção. Não estou aqui a dizer mal do Pochato. Não senhor, que é um santo homem. Um homem bíblico. Faz-me lembrar o Pai de todos nós, Adão, sobretudo agora que se passeia pela escola com uma pochete presa do cinto, a tapar as partes baixas, como se fosse uma folhinha de parra. Não venho aqui dizer mal de ninguém. Venho só falar das minhas tácticas.
A nossa vitória não se deveu unicamente ao apoio de Nossa Senhora. Mais do que com o milagre, contámos com o nosso trabalho! Iniciávamos os treinos rezando um terço. Depois, fazíamos uma peregrinaçãozinha. A seguir, a rapaziada ouvia a prelecção. Por fim, dávamos dois ou três chutos na bola, gritando «Foge, Satanás! Não me tentarás!»
Todos os métodos inovadores escandalizam.
Mas já estou a contar que me chamem para a selecção.
Pelo menos, não darei socos: darei a outra face; e porei o Quaresma a jogar do princípio ao fim, porque quem tem um nome desses, bem o merece.
Mantenham-se atentos ao Fátima. (Ando a pensar em organizar um Kit Sócio do Fátima, com descontos nos restaurantes ao longo das peregrinações, e nas velas para se fazerem as promessas...)

28 setembro 2007

A QUASE-ENTREVISTA

REPÓRTER ESTRÁBICO - Temos hoje, aqui, a professora Bebéu Moreia, que nos vem falar acerca dos últimos acontecimentos na reunião das AAA, sobre a qual, obviamente, tem teorias e ideias... alguma ideia... Não sei se pedir uma ideia será pedir muito...?
BEBÉU MOREIA - Pois tudo aquilo começou a aquecer por causa, chamemos-lhe assim, do «assunto»!
REPÓRTER ESTRÁBICO - Mas qual assunto?
BEBÉU MOREIA - Outro a fazer-se de novas! O «assunto»! Qual há-de ser o «assunto»?! Eu vou dar-lhe uma pista. Teorema de Pitágoras!
REPÓRTER ESTRÁBICO - Teorema de Pitágoras!?
BEBÉU MOREIA - Lâmpadas. Trotinetes. Azáfama. Está a perceber onde eu quero chegar?
REPÓRTER ESTRÁBICO - Aaaaaaa...!
BEBÉU MOREIA - Percebe? Dou-lhe mais uma pista. Turmas. E mais uma. Escadas. E...
REPÓRTER ESTRÁBICO - Peço desculpa, senhora professora, um momento... sim?! Ah, claro! Previnem-me agora pelo auricular que acaba de chegar à escola a professora Marilha... sim, sim, sim... Ah, cá estão as imagens da professora Marilha com as suas discípulas, as jogadoras... vamos tentar entrevistá-la... não, não é possível, muita gente, muito ruído, bolas de basquete, o nosso repórter do exterior já apanhou com uma bola na cabeça... Bem, muito bem, voltemos ao estúdio... Diga, dona Bebéu...
BEBÉU MOREIA - Eu só lhe pergunto, senhor Estrábico, o senhor acha isto bem? Onde é que a escola vai parar assim? Eu sou convidada para vir falar, com prejuízo da minha própria vida, e interrompem-me para fazerem uma entrevista a uma treinadora de basquete? Parece-lhe bem? A escola ensandeceu. Vou-me embora. A esola tem de aprender. A escola tem de aprender! Com licença...
REPÓRTER ESTRÁBICO - Eu... mas... sim... mas perdão, mas eu... não, mas eu...

REALIZOU-SE UM EVENTO IMPERDÍVEL: O REPÓRTER ESTRÁBICO, COMO SEMPRE, ESTAVA LÁ!

A incontornável menina Thrombone pôs a boca no trombone só para excitar a curiosidade dos leitores deste blogue, a propósito de um fantástico evento que foi... a reunião das AAA.

Não posso perder a oportunidade da minha vida: com os leitores devidamente acordados para o assunto, resta-me aproveitar a deixa e relatar pedaços do que aconteceu. Porque a verdade é que, uma vez mais, este vosso amigo ESTAVA LÁ! Bem-hajas, Paula Thrombone, pela pimenta inicial.

Fontes geralmente bem informadas, descreveram o evento como um momento histórico (ou será que me disseram: «histérico»?), quase erótico, constituído por preliminares, o acto propriamente dito, e o clímax.

Transcreverei excertos de cada uma das fases.

PRELIMINARES:
« Prof 1- Porque toda a gente sabe que o que se está aqui a dizer tem que ver com outros acontecimentos... que também ninguém ignora...
Prof 2 [para o lado] - ... mas de que é que ela está a falar, tu sabes?
Prof 3 [em surdina] - Não faço a mais pequena ideia...
Prof 1 - ... Acontecimentos esses que estão ligados a atitudes... a algumas atitudes... mas também não são novidade...
Prof 4 - Desculpa lá, tu queres referir-te a uma coisa que toda a escola conhece, mas parece que não estás lembrada que isso tem que ver com aquela outra história que também ninguém desconhece, e por causa DESSA história é que há ainda hoje pessoas que não falam a «sabemos muito bem quem», nem lhe dirigem a palavra, o que eu acho indecente...
Prof 2 [para o lado, desesperada] - Mas que assuntos e que histórias são essas? E quem é a «Sabemos muito bem quem»? Tu sabes, por acaso, quem é a «Sabemos muito bem quem»???
Prof 3 [em surdina] - Não faço ideia, raios, eu falo a toda a gente, eu cá falo a toda a gente...
Prof 5 - Até parece que a questão é essa. Não, não. A questão é outra. Aquilo que aconteceu na semana passada, e vocês sabem perfeitamente de que é que estou a falar, isso é que sim, é que desencadeou tudo, que eu bem percebi, e penso que devemos resolver esse ponto de uma vez por todas, porque...»

O ACTO:
Constituído por uma discussão longa e acalorada, com muito sangue, suor e lágrimas, insultos e ranger de dentes; observou-se a saída de pequenos grupos que prosseguiam a discussão no exterior, como se se quisessem agredir.
Esta fase ficou marcada por muito nervoso, do miudinho e do mais crescido, e pela seguinte frase:

«Prof 5 - Vamos lá a pôr os pontos nos iii e a chamar as coisas pelos nomes!»

O CLÍMAX:
«Prof 6 - Estás a dizer que eu estava escondido na casa-de-banho quando me chamaram para as AAA?
Prof 4 - Exactamente! E mais: que fazes sempre isso...
Prof 6 - Ah! É falso! É mentira! É uma calúnia, caramba! Que infâmia! Na casa-de-banho, eu?! Com aquele cheirete? Não admito. Eu escondo-me atrás da máquina de fotocópias!!!»

27 setembro 2007

O XIQUE E O XOQUE

Olá olá meus amiguinhos!!! Já tinha saudades de escrever neste espaço mas aposto que mais saudades tinham ainda vocês, de mim e das nossas fofocas etéreas! Bem sei que tal como eu, todos os meus leitores, têm noção da enormidade de assuntos que temos perdido nestas conversas...! Bem, a verdade é que todos têm estado atentos - eu bem vejo os cruzamentos de olhares e sorrisinhos quando alguém aparece com um trapinho mais ousado! E isso é qualquer coisa que não podemos perder. Além do mais, para os cépticos que afirmam que o blogue está moribundo, aqui estou eu de regresso para lhes provar que quem é vivo (e bem viva!) sempre aparece!!!
Apesar de alguns estarem a passar um período de provação, o que tem provocado alguma apreensão generalizada, este início de ano lectivo está colorido e bem disposto. Atrevo-me mesmo a dizer que este ano está a ser supeeer! Senão, reparem: quantas vezes tínhamos tido o (des)prazer de ver uma colega com uma saia com tanta medalha que até perece que vai a qualquer momento iniciar a dança do ventre? Em que outro ano tínhamos tido alguém que vem trabalhar de babydol? Ainda por cima de cetim azul claro, mesmo como se fosse aterrar no vale dos lençóis?! Ou que tivesse acabado de o largar?! E com que desenvoltura a querida Lailai se movimenta num apertado conjunto super fashion, preto, com uns dizeres bordados a lantejoulas. Já com menos desenvoltura mas igualmente arrojada, Laurita mantém a sua blusa em forma de trapézio, preta, transparente; querida, demasiado transparente, não acha? Bem sei que a menina não tem nada a esconder, mas não abuse. Não pensem que me passou despercebida uma túnica branca bordada, muito florida; parecia que a colega vinha do Tyrol. Quero com isto dizer que um dia destes ainda teremos uma sala de professores bem animada - uma dançar a dança do ventre, a outra canta tirolês e com tempo ainda havemos de encontrar que esteja disposto a dançar o vira, ou mesmo o corridinho, que é a dança mais adequada para concluir em beleza a próxima reunião de AAA. AAA, minha machadinha, lá está. Estão a ver como eu tenho sempre razão?! (E, entretanto, meninas, a reunião sempre teve lugar. E não há dúvida de que aquilo é que foi uma dança e peras. Para se trocarem pêros, faltou muito pouco! «AAA minha machadinha...»? Apre! Já estava com receio de ver aparecerem mesmo machadinhas... e até facas de ponta-e-mola).

* A história de um maluco a quem chamavam “Glorioso” e que andava pelas esquinas cravando tostas místicas, o que levava a criançada cruel a gritar-lhe: “-Ó Glorioso! Toma a mística!!!”.

26 setembro 2007

O KIT

Estou na sala de professores. Oiço a Dona Coluna falar do netinho - ou seria netinha? -, que principiou por estes dias a gatinhar. Quero pedir-lhe simplesmente um pastel de nata, mas não tenho coragem de a interromper. Mantenho o sorriso afivelado ao rosto, enquanto o meu dedo indicador, muito esticado e já com dores, que a idade não perdoa, aponta freneticamente o maldito pastel de nata. Olho para a Dona Coluna, sorrindo sempre, mas a minha visão periférica busca, ansiosamente, a potencial ameaça de outros pretendentes ao bolo, que é o último, o único...
O fantasmadaopera aproxima-se traiçoeiramente pela retaguarda.
Vem entusiasmado.
Mostra-me um panfleto cujo vermelhão me fere a vista.
KIT SÓCIO BENFICA.
Enuncia as vantagens: oferta de um dvd de ficção científica intitulado «O Benfica é o Maior», t-shirts cor-de-rosinha, descontos muito razoáveis em lares de terceira idade, com a hipótese de se vir a ficar no quarto vizinho ao do senhor Rui Costa, etc, etc, etc, em suma, um não acabar de maravilhas que me tentam muito, mesmo muito, pois tenho andado com défice de temas que me façam rir...
Desapareço dali. A netinha ainda só agora tinha começado a gatinhar, na interminável história de Dona Coluna, e eu receio bem que haja muitas mais gracinhas para contar. As crianças aprendem tão rapidamente! Só mesmo na escola é que o ritmo de aprendizagem começa a desacelerar. Bah! Já não me interessa o bolo.
Entro na secretaria. Tenho assuntos, tenho ali assuntos pendentes a tratar. Aliás, bastante pendentes, eu diria mesmo «pendurados». Não que, quando lá vou, me tratem os assuntos. Não que dêem, sequer, por que eu tenha lá entrado. Mas mesmo assim vou indo. Sempre é um passeio.
Todavia, por alguma misteriosa razão, de alguma estranha forma, o fantasmadaopera já lá está. Sacode-me o panfleto diante da minha enorme protuberância nasal. Também, continua ele, se oferecem bilhetes para o circo, com a presença do palhaço Pepito e de Karagonis. E mais...
Fujo dali. Dirijo-me ao bar. Porém, fantasmadaopera, omnipresente, surge do nada, como um vendedor de postais, referindo não sei que outras vantagens, que outras alegrias, que outros descontos...

Corro, desesperado, para a sala de professores.
Dona Coluna, que não se apercebera sequer da minha retirada e continuara falando, relata ainda como o neto/a gatinha, «nem queira saber, professor, e quando encontra um obstáculo, eheheheheh...», mas eu, que julgo ter despistado o fantasmadaopera, sinto-me, apesar de tudo, em paz.
E até pergunto, interessado e comovido:
«E o pastelinho de nata, perdão, a sua netinha dá boas natas, aaaah... dá noites boas...?»

20 setembro 2007

19 setembro 2007

PARABÉNS!


Ao Zé Abreu, à Dra. Ruth, ao D.J. Cara D'Anjo, ao Greenlight, ao Peixôco, ao Professor Barnabé, ao Repórter Estrábico, ao Gaspar Olhovivo...

Não é que toda esta gente faz anos no mesmo dia que o SINDROMA??
PARABÉNS!!!!

12 setembro 2007


CLASSIFICADOS

- Precisa-se professor para dar GD. É imprescindível que saiba a diferença entre uma esfera e uma laranja. Urgente.
- Aluga-se sala de professores amovível e convertível fumadores/não fumadores. Serventia de cozinha e casa de banho. Dá-se preferência a pessoa séria, isto é, que ri pouco.
- Procuro um lugar no estacionamento da eslav que perdi enquanto fui à Sandoxa comer um bolo. Dou grojeta.
-Vendo telemóvel com mp3, fotografia, vídeo, aspirador, fax, filofax, som surround 7.1 com colunas, chapéu de sol, ecrã a cores com protecção total (factor 50 indicado para peles claras) . Também faz e recebe chamadas.
- Procuro assoalhada para trabalhar sozinha, em local sossegado. Com ventoínha ou ar condicionado e instalação sonora.
- Vendem-se máquina de sumos e tostadeira como novas, preferencialmente a professor.
-Procura-se o senhor responsável pelo vazio no bar da eslav. A última vez que foi visto transportava um tabuleiro amarelo carregadinho de bolos.
- Ofereçe-se babá para professor, com experiência em casos difíceis de adaptação. Dão-se referências.

08 setembro 2007

DIZ A DRA RUTH: «DIVIRTA-SE, PÁ!»

Querida Dra. Ruth:

O pato é um animal que dorme em pé. A banana é um fruto que não tem caroço. Existem cerca de dois médicos por três mil habitantes na região de Palo-palo em Zafirola. Na verdade, nessa região há, ao todo, três mil habitantes, e os dois únicos médicos são pessoas que não vão para novas, e não deixarão continuadores. Heróis do mar, nobre povo Nação valente, e imortal. Levantai, hoje de novo, o esplendor de Portugal...! Parabéns a você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida, hoje é dia de festa, cantam as nossas almas...!
Adeus.
Assinado:
Anónimo que tem Imenso Tempo e Poucas Ideias, de Modo que Enche a Zona de Comentários do Blogue com Plágios Patetas

Caro Anónimo que tem Imenso Tempo e Poucas Ideias, de Modo que Enche a Zona de Comentários do Blogue com Plágios Patetas:

Não lhe posso garantir que compreenda a sua intenção. Em todo o caso, se essa actividade o consola de qualquer forma, penso que deve continuar. Ela mostra mais de si do que pensa. De resto, o coleccionismo a que se têm dedicado outras pessoas irrita mais do que o seu: por exemplo, os senhores da Caixa Geral de Aposentações coleccionam recusas de aposentação a professores muito doentes; a senhora dona Lurdes colecciona medidas que minam a Educação; o senhor ministro colecciona novos votantes arrependidos de terem votado nele. Perante isto, que mal pode fazer a sua colecção de descomentários absolutamente parvos??? Divirta-se!

Sua
Dra. Ruth

07 setembro 2007

E ASSIM VÃO AS COISAS NO REINO DA ESTUPIDEZ

Milhares de professores acedem a um novo patamar da sua vida profissional: o desemprego.

Ministra, adepta, ao que parece, da TLEBS, exige rigor na expressão. Isto não é «desemprego». É um «desajustamento entre a oferta e a procura». Aaaah!

Milhares de professores, por outro lado, mantendo - até ver - o seu lugar, não acederam, no entanto, à ansiada titularidade.

Parece que só a minoria dos titulares está bem e não tem de que se queixar. Será?!
Vamos espreitar:

TITULAR 1 - O que é isto aqui no meu horário? Não percebo estas designações. LJ? Que é isto, LJ?
COORDENADOR-TITULAR - «Limpeza de Janelas».
TITULAR 1 - Limpeza de janelas? Mas eu vou limpar janelas?
COORDENADOR-TITULAR - Não te queixes, que não é todos os dias. É só às sextas às 6h. 30 min.
TITULAR 2 - E ATS? O que é ATS???
COORDENADOR-TITULAR - «Arranjo dos tacos das salas», que é que havia de ser...?
TITULAR 2 - Mas... mas... mas...
TITULAR 3 - E o que significa aqui HTVPTSLD?
TITULAR 4 - E RGNNNZTRPILA???
TITULAR 5 - E TAMOSLIXADOS???
COORDENADOR-TITULAR - Meninos, meninos, calma, calma, estão muito agitados. Vocês agora são titulares, não se esqueçam. Qual é o nosso lema, hein? Vamos lá...
CORO TITULAR - AGORA SOMOS TITULARES, JÁ NÃO PODEMOS RECUSAR CARGOS!!!

NÃO-TITULAR (Assistindo à reunião titular) - Lá estão aqueles malandros todos contentes! Para eles é que aquilo está bom!!!

06 setembro 2007