01 março 2006

CEUZINHA NO PAÍS eslavADO DE NOVO: IV

«O próximo!» - chamava, de fora, a voz seca e autoritária de uma Auxiliar de Acção Educativa.
No corredorzinho, os nossos heróis abraçavam-se, até que o «próximo» tinha, fatalmente, de sair, acenando um lenço branco e lançando uivos de cortar o coração.
- Mas que é que nos vai acontecer? O que há do outro lado? - assustava-se Ceuzinha.
- Acredita, querida - tranquilizava-a Abelha Maia - é melhor não saberes. Quando chegar a tua vez, logo vês.
- Pode ser que não chegue a sua vez - lançou Pochato.
- Porquê? - interessou-se Ceuzinha.
- Porque eu tenho uma ideia.
Aproximaram-se todos, mais curiosos do que esperançados - curiosos porque ninguém sabia muito bem o que seria, como seria, que aspecto teria uma ideia de Pochato. «A última que teve», esforçava-se Nelsito por se recordar, «foi fazer uma árvore de Natal toda em garrafas de plástico. Esgotou-se com essa. Nunca mais lhe tínhamos ouvido outra.»
- Bem - principiou Pochato, muito seguro de si. - O que nós temos de fazer é juntar várias garrafas de plástico.
- Sim?
- E depois?
- Depois... - ia prosseguir.
- Espera lá - intrometeu-se Algusto - todas as tuas ideias têm de meter garrafas de plástico?
- Que é que isso interessa? Repara. Juntamo-las umas às outras. Certo? Fazemos um cordão de garrafas. Depois atiramos o cordão pela janela. E a seguir vamos descendo, um por um.
- Que boa ideia... - respondeu Lagarta da ópera, muito sarcástico - ... seria essa, se houvesse aqui uma única garrafa de plástico que fosse ou, ao menos, uma janela...
- Podíamos pedir água. Podíamos escavar uma janela - justificava-se Pochato.
- Tens mais ideias? - perguntou-lhe Fafá.
- Não - respondeu Pochato.
- Ainda bem!!! - clamaram em coro.
- «Próximo!» - gritavam de fora.
Era a vez de Ceuzinha.

(CONTINUA)

6 comentários:

Anónimo disse...

E Ceuzinha interrogava-se: "que mais me irá acontecer?".
Aguardam-se ansiosamente os próximos capítulos mas,por favor,tem dó, mais ideias luminosas com garrafas de plástico nããããããããããããoooooo!!!

Abelha Maia disse...

ó sintoooma!
não podes fazer 1 descrição da personagem ceuzinha?!pq eu não sei se a minha imaginação corresponde à realidade...sapatinhos de boneca, diferentes;roupinhas de boneca, coloridas;temperamento de SNAKE, coral...

Anónimo disse...

A tua imaginação está pelas ruas da amargura, ó Abelha ZumZum. Cuidado com o temperamento snakocoral da personagem, não vá ela (personagem) dar largas à sua língua viperina... Gostasteeesssss?

Anónimo disse...

Estou a gostar do confronto Misty vs Abelha. Aguardo ansiosamente o sentido contrário.

Abelha Maia disse...

como devem saber as abelhas são mto melosas e não se deixam abespinhar por tão pouco...

Abelha Maia disse...

até porque, misty, tem um je ne sais quoi, k me leva a crer k é 1 pessoa k ainda não foi nem irá à máquina!!!!!