06 maio 2006

* L O S T * CAP III

Remexendo a vegetação cuidadosamente, Jo Cor-de-caça descobre qualquer coisa fria, uma base metálica. Intrigada, abre a mala para tirar os óculos, que a idade não perdoa, e observa. Um emaranhado de rectas intersectadas no espaço formavam uma peça escultórica de rara beleza. Rectas coloridas mas tão rectas que pareciam farpas. "Isto não foi criado por humanos! Ná! E muito menos por... numa escola". Surpreendia-se: "como é que eu consigo chegar a esta conclusão com a forte pancada que levei na cabeça? Alguém tem andado a produzir mesmo sem haver um atelier, um espaço planeado...". A custo, levanta-se e observa mais de perto mas suficientemente longe para não se ferir.
Está nesta contemplação quando é abordada por alguém "vindo sabe-se lá de onde", mas cuja cara ela reconhecia, sabia que já a tinha visto antes, mas não se lembrava de onde. A pancada estava a causar-lhe danos.
Kiki Delgadiña estava ali, parada, admirando atónita a escultura geométrica, intrigada com a delicadeza das formas e mais ainda com a autoria. Aproxima-se de Jo Cor-de-caça: "isto é muito lindo! Quem fez?"
-Não faço ideia, mas deve ser alguém do grupo, só pode ser. Como é que alguém teve tempo pra fazer isto?!
-Onde é que eles caíram? Viste algum? Hoje há reunião?

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