12 junho 2006

CONSELHOS DO GRANDE GUERRA

Por esta altura do ano, algumas pessoas ficam ainda mais melgas, zumbindo de uma forma agastante sobre as mesmas queixas e lamentos que lhes fomos ouvindo o ano todo: E porque os alunos isto, e porque a colega aquilo, e não sei-quê, não sei-que-mais...!

Vai daí, eu pensei multiplicar pela escola sacos de plástico transparentes, cheios de água, dependurados das portas. Tinha-me parecido que era eficaz contra as melgas. (Já viram isso em alguns restaurantes, não viram?) Afinal, parece que é contra as moscas. Por outro lado, o chefe já me cortou as asas à ideia: «Deixa-te de cenas! Não vais nada pôr sacos de plástico cheios de água dependurados das portas, porque depois eu é que tenho de ouvir os das Artes a clamar que é horroroso...!»

Julgo que a solução, portanto, é mesmo desenvolver um conjunto de técnicas simples. Eu tenho apurado algumas. Estou ao vosso inteiro dispor. A sério. Ao dispor de todas.

a) Quando se aproxima ao longe um colega-melga, sacar do telemóvel, encostá-lo ao ouvido e começar a falar sozinho. No momento em que nos cruzamos com a dita melga, fazemos-lhe um cumprimento vago, um aceno distraído, e continuamos a andar, enquanto gritamos para o aparelho: «Ai é? Mas não podes deixar que te façam isso, pá, tens de protestar...! Ai se fosse comigo...!» (Há pessoas com quem este truque não serve, porque nos travam com as mãos e ficam aguardando pacientemente que o nosso «telefonema» acabe).
b) Dizer: «Olha, tenho de ir falar com FULANA, queres vir comigo?» - (prometi a uma alma sensível que não ia pôr nomes; terão, pois, de adivinhar: mas há várias hipóteses, começadas por C, por G e por J. Cala-te boca! Se escolherem o «fulano» ou a «fulana» certos - não se esqueçam, C, G ou J -, verão as melgas menores a dispersar).
c) Iniciem assim a conversa: «Mas tu fazes greve ou não?». É um assunto mais-que-polémico: as melgas ficam incomodadas e desaparecem.
d) Atirar esta frase: «Ainda bem que te vejo, era a ti mesmo que precisava de pedir um grande, grande, grande favooor...!» - isto é mais eficaz do que o Baygon. Não há melga que aguente.

Paralelamente, nunca se esqueçam de andar colados às paredes, semiocultos entre as colunas, rastejando ou passando de gatas por certas áreas e, como dizia a outra, usem sempre espelhos retrovisores.

Cuidem-se.

7 comentários:

Anónimo disse...

A última proposta do "grande favor", acreditem que resulta sempre.
Material comprovado e de primeira!
E se concretizarem e disserem que é para uma troca de vigilância de Exames, é certo e sabido que só voltam a ver a melga em Setembro...

Ana C Marques disse...

Tenho uma ideia: se os saquinhos fossem de plástico baratucho mas às cores ficava muito engraçado. Por exemplo: azul, verde e cor de rosa, não acham tão giro?!
Havia apenas um senão: tinha que ser confiscado todo o tipo de objecto pontiagudo, senão alguns corriam o risco de levar um esguicho ao passar.
Pois.
Ainda não te tinhas lembrado desta.

Anónimo disse...

È GRAVE...A SER VERDADE É GRAVISSIMO.A nossa escola andou a perguntar às pessoas em tom mais ou menos Intimidatório se faziam greve...e FORAM ALTERADOS CONSELHOS DE TURMA ONDE HAVIA PELO MENOS UM PROFESSOR K PENSAVA FAZER GREVE.....

Anónimo disse...

A ser verdade, é um modo GRAVE de contornar a GREVE...

Gil Duarte disse...

A ser verdade. Que nem tudo o que parece, é...

Anónimo disse...

Que gente tão enigmática! Estou fora destas conotaçõe! Expliquem-se, criaturas, expliquem-se!!!!

Abelha Maia disse...

e depois a culpa é minha!eu é k não percebo as conversas em código!está mal, está boé da mal!!!!!