29 novembro 2006

ELAS FALAM, MAS QUANDO TOCA AO TRABALHO PESADO...

As madames gostam de ser muito independentes, mas quando toca a trabalhos pesados, acaba sempre por ser um homem a ter de o fazer.
Por exemplo: o senhor Presidente da Assembleia de Escola, o professor A. Magalhães, teve de estar, completamente alone um dia inteiro, a velar a urna. Não, não houve qualquer falecimento na escola: a urna era uma caixa preta para onde os estudantes atiravam uns papelinhos que, depois, o mesmo Magalhães ficou a contar um por um, e a separar em pequenos montes. Onde estava o mulherio? Alguém se ofereceu para o ajudar? (Eu até me ofereceria de bom grado, mas não estava disponível porque, como estou habituado a não preparar as minhas aulas, tinha nessa altura uma aula justamente para não-preparar; é que esse tempo de não-preparação de aulas é muito importante para mim: é, no fundo, um tempo de «preparação», quer dizer, o momento em que me preparo psicologicamente, sentadinho e sem fazer nada, para ir dar aulas aos putos do sétimo. Chateiam-me como o caraças esses. É a porcaria dos telemóveis. Eu não deixo! Falar ao telemóvel na minha aula??? Nem pensar; fazem muito barulho e depois eu é que não consigo ouvir o meu telemóvel).
Voltando ao Magalhães. Nas ocasiões é que se vêem os amigos. E o professor Magalhães não tem amigos, ou por outra, tem um único, que sou eu que, por azar, naquela altura tinha mais que fazer.
Isto faz-me lembrar uma história que o sargento Balicha me contava, e que era: estão os tipos todos na formatura, quando alguém solta um sonoro arroto. E vai daí, pergunta o sargento, furioso: - Quem foi!? - E responde de lá um fulano, muito contente, muito orgulhoso consigo: - Foi cá o pianaça, meu sargento, e isto ainda não é nada...!
À primeira vista, pode parecer que esta história não tem nada que ver com o outro assunto. Mas se repararem melhor... vão verificar que, realmente, uma coisa não tem que ver com a outra. E daí? Não posso contar as histórias que me apetecer, não??? Olha este...!

2 comentários:

Ana C Marques disse...

Começo a simpatizar consigo, caro Ferreiro. Sei de outros que pensam o mesmo mas não têm coragem para o dizer. E os comentários no blogue andam no nível zero.
A propósito do professor Magalhães, eu bem os vi, os amigos, a passarem-lhe ao lado, iam todos almoçar. Compromissos são compromissos...

Anónimo disse...

eu tb me ofereci para espalhar os montinhos dos papelinhos!!!