18 novembro 2010

SE EU RECEBESSE CONVITE, ATÉ ADERIA

Marreta aproveitou os únicos dois segundos que Alpirraça lhe cedeu para consultar o correio naquele computador do cantinho junto à superfotocopiadora. Sentou-se, temente. Meia dúzia de maluquinhos andavam a pô-lo nervoso porque ele nunca mais aceitava um pedido para se juntar ao grupo. Faziam-lhe esperas, admoestavam-no, faziam ameaças, não o deixavam descansar nos intervalos. Ele, que filtrava o correio meticulosamente, que apenas respondia às mensagens da sua coordenadora. Esses sim, valiam a pena! Tinham sempre conteúdo; ora era uma peça para assistir, um livro para ler, uma conferência, uma família de gatinhos para adopção. Todos os outros constituíam uma ameaça severa - era assim que lhe respondia o antivírus que mandava tudo para o lixo.
Hoje iria tentar anular os filtros. Procurar alguma mensagem duma pispirreta que nunca se calava e de quem nem sabia o nome. Ouvira dizer a uma colega muito bem informada, que era a rapariga das fotografias e ele achava que era essa a úncia função dela, uma vez que na escola apenas um computador funcionava e quem sabia manobrá-lo era Alpirraça que devia estar a voltar a todo o instante. Fez logout. Aderiu ao login. O resto logo se via.

2 comentários:

zorbas disse...

O meu convite expirou! Eu pensei que era algo de definitivo... Só costumo comentar posts, mas eu queria mesmo mesmo contar a fantástica desventura da minha Dona (Firmina de seu nome)deste fim-de-semana!

Ana C Marques disse...

Expirou? Mas tens uma identidade, podes entrar! Apesar disso, acabo de reenviar convite!