08 janeiro 2011

ESTOU TRISTE

Porque nunca podemos aceitar a morte mas devemos curvar-nos perante a sua inevitabilidade, estou triste. Acabo de saber que um homem que me fez exultar perante os seus textos, acabou de deixar o nosso mundo. Terá partido um grande homem, que tanto me inspirou; terá partido em busca de outros mundos quiçá mais calmos, mas onde de certeza lhe faltarão os temas preferidos da sua escrita.
Tive alguns ciúmes dele, devo confessar. Da sua língua viperina que me fez muitas fezes desejar ter a sua coragem. Não tanto do seu cabelo branco porque eu nunca ousaria deixar-me fotografar e muito menos aparecer em público sem retocar uma ou outra branca que teimosamente me vai contornando o rosto. Ah! ela fraquejou, pensarão. Não, queridos, Paula Thrombone nunca fraqueja. Paula Trombone é sincera tal como Carlos Castro o foi. Não teve foi a mesma projecção porque este blogue, convenhamos, não tem o impacto de uma Nova Gente ou de uma VIP. Essas revistas fazem furor nas secretárias das funcionárias desta escola que dedicam horas do seu tempo a folheá-las vezes sem conta, mesmo que sejam do ano passado. Algumas fazem até as palavas cruzadas, esse joguinhos pindéricos de praia que não aconselho a ninguém.
Queriduchas, oiçam com atenção: usem essas revistas como guias do bom trajar. Sigam exemplos, não inventem. Mas prefiram revistas deste ano. É que, a ver pelas vossas roupitas, as revistas que lêem já devem ter uns aninhos...
Deixo-vos a pensar nisto enquanto me recolho para meditar na calamidade que se abateu hoje sobre o nosso país.
Beijo-vos a todos, queridos, prometendo que em breve vos direi mais umas verdades.

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