O bem-amado chefe Lucas não se conformava.
É verdade que experiências terríveis tinham lugar - e têm, revelaremos mais, brevemente... - no antro do CE, mas não era isso.
É verdade que o Pai Natal se clonara nos bolsos coçados do Zégar Cia, mas também não era isso que o incomodava.
E talvez fosse também verdade que o Pai Natal tivesse ido ao circo. Mas ainda não era esse o problema. Porque o Pai Natal de que sentia saudades era único, irrepetível, inclonável: o que o Mário pusera na árvore de Natal que luzia no átrio da nossa querida escola. Era esse Pai Natal que fazia falta reencontrar - e não confundamos mais as questões para isto não se tornar como um debate presidencial.
Ao reparar num certo sorriso, enigmático e maléfico, do senhor Pedro, o bem-amado chefe suspeitou.
E disse - não para os seus botões, que deixara de usar, mas para o zipper do seu novo casacão à lobo-do mar: «Mau! Querem ver que foi o Pedro que se abarbatou com o Pai Natal?»
De modo que resolveu seguir o senhor Pedro. Mas depressa o perdeu de vista, visto que teve de, entretanto, admoestar uns jovens que fumavam o seu cigarrito. E fê-lo severamente: «Vocês não estejam aí ao frio, que o frio faz mal aos pulmões...»
Onde estava o senhor Pedro? Por onde se escapulira?
O chefe Lucas falou ao zipper: «Não há problema. Encontro-o já na Biblioteca. É a hora de ele lá estar...»
Dirigiu-se lestamente à Biblioteca. Mas o que deu foi com o nariz na porta.
E por hoje, amiguinhos, podemos dar-nos ao luxo de terminar o episódio: é curto, mas verdadeiramente hilariante. É que a ingenuidade tem sempre o dom de nos fazer rir, e reparem na ingénua crença do chefe Lucas, que tinha fé em que iria encontrar o senhor Pedro na Biblioteca (um sítio onde só muito por acaso o conseguimos encontrar).
«Já percebi», comentou o chefe com o seu zipper: só descobriria onde pára o Pai Natal se descobrisse, primeiramente, onde pára o senhor Pedro.
Cá fora, os jovens fumavam ainda.
O chefe irritou-se deveras: «Eu não vos disse que não estivessem a fumar ao frio?»
(CONTINUA)
É verdade que experiências terríveis tinham lugar - e têm, revelaremos mais, brevemente... - no antro do CE, mas não era isso.
É verdade que o Pai Natal se clonara nos bolsos coçados do Zégar Cia, mas também não era isso que o incomodava.
E talvez fosse também verdade que o Pai Natal tivesse ido ao circo. Mas ainda não era esse o problema. Porque o Pai Natal de que sentia saudades era único, irrepetível, inclonável: o que o Mário pusera na árvore de Natal que luzia no átrio da nossa querida escola. Era esse Pai Natal que fazia falta reencontrar - e não confundamos mais as questões para isto não se tornar como um debate presidencial.
Ao reparar num certo sorriso, enigmático e maléfico, do senhor Pedro, o bem-amado chefe suspeitou.
E disse - não para os seus botões, que deixara de usar, mas para o zipper do seu novo casacão à lobo-do mar: «Mau! Querem ver que foi o Pedro que se abarbatou com o Pai Natal?»
De modo que resolveu seguir o senhor Pedro. Mas depressa o perdeu de vista, visto que teve de, entretanto, admoestar uns jovens que fumavam o seu cigarrito. E fê-lo severamente: «Vocês não estejam aí ao frio, que o frio faz mal aos pulmões...»
Onde estava o senhor Pedro? Por onde se escapulira?
O chefe Lucas falou ao zipper: «Não há problema. Encontro-o já na Biblioteca. É a hora de ele lá estar...»
Dirigiu-se lestamente à Biblioteca. Mas o que deu foi com o nariz na porta.
E por hoje, amiguinhos, podemos dar-nos ao luxo de terminar o episódio: é curto, mas verdadeiramente hilariante. É que a ingenuidade tem sempre o dom de nos fazer rir, e reparem na ingénua crença do chefe Lucas, que tinha fé em que iria encontrar o senhor Pedro na Biblioteca (um sítio onde só muito por acaso o conseguimos encontrar).
«Já percebi», comentou o chefe com o seu zipper: só descobriria onde pára o Pai Natal se descobrisse, primeiramente, onde pára o senhor Pedro.
Cá fora, os jovens fumavam ainda.
O chefe irritou-se deveras: «Eu não vos disse que não estivessem a fumar ao frio?»
(CONTINUA)
2 comentários:
Apoio o chefe nos cuidados com o frio, é que tem estado um dezembro levado da breca.
E ele terá visto bem atrás das estantes, folheando um livro?
Eu acho que o chefe até teve muita sorte, porque viu passar o sr. Pedro! É que, normalmente,além de não o encontrar na biblioteca (onde, aliás, já ninguém minimamente atento o procura...)nunca ninguém sabe onde está, nem foi visto em lado nenhum!...
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