04 janeiro 2006

GREENLIGHT ATACA DE NOVO. (INFELIZMENTE...!)

Um traço de luz verde risca a negra noite. Será um pirilampo? Um pirómano? Um pirolito? Um piri-piri? Não! Ééééé Greenligth!
Greenligth vela sozinho na noite. (Pelo menos, é o que ele pensa).
Sente-se uma vítima, um perseguido, um triste, um traste, um infeliz. Ou seja, está em forma.
Ouve um ruído alguns passos adiante. Não muitos. Talvez três. Ou quatro. Ou cinco passos, não mais. Menos do que a oito passos de si, isso é certo.
Poderá ser acaso Lex Luthor? O Duende Vermelho? Um inimigo a soldo do Ministério?
Felizmente, Greenlight está preparado: trouxe consigo a arma secreta, o «laser» das queixinhas que, como o nome tão bem expressa, atordoa o mais feroz inimigo sob um rol de lamentos.
Eis que, de repente, o esperado inimigo se torna visível em todo o seu ventre etéreo e volátil.
Os dentes do monstro, muito afastados uns dos outros por efeito da maldade, brilham na noite. É o fantasmadaopera. Não se lamenta. Pelos vistos, a este, corre-lhe bem a vida. É só fazer bonecos! O mais custoso, claro, é aquele esgotante e trabalhoso tempo de convívio e descanso no gabinete do triunvirato, para completar horário, mas que fazer? Não se pode ter tudo...
A sua gargalhada sinistra ecoa na noite. Hã? Está alguém a seu lado. A dois passos dele, ou três, certamente não mais do que a quatro, quando muito seis. Greenlight percebe tudo: o fantasmadaopera não tenciona sequer sujar as mãos com ele, pelo que contratou o primo do dirigente benfiquista, o que deu um estalo naquele senhor bem nutrido, no aeroporto. É esse energúmeno que prega um par de estalos no Greenlight. Fantasmadaopera só tem, depois, que terminar o trabalho arreando-lhe com uma «blogada» (ver em baixo) que o deixa a ver estrelas.
«Deve ter espiões», pensa Greenlight, mal se refazendo do choque. «Como é que ele conhece tão bem o doce despertar da minha doce gazela? E como consegue reproduzir tão fielmente as minhas reuniões com os pais? E como descobriu o meu método secreto de correcção dos testes? Aqui há gato!»
Ainda traumatizado pelas chapadas e pela «blogada», agora também com um olho verde, já sem dentes na boca, ainda tem forças para berrar:
- Ifto não fica afim, Fantafmadaopera. Não perdef pela demora. A vinganfa ferve-se fria! Ferve-se fria!? É boa! Em fuma, vaif ver fó, vaif ver fó...!

4 comentários:

Anónimo disse...

Estou aqui para te apoiar, Greenlight, para te dar força! Não pode haver Fantasmadaópera que te vença... Nem que para isso tenhas de pedir a ajuda do amigo Lança!... Força! Dá-lhe!

fantasmadaopera disse...

... este anonimo é que deve ser primo do tal bem nutrido que bateu com a bochecha na mão do justiceiro...
...é um triste, sob a capa do anonimato
DESCOBRE-TE, MALANDRO(A) E SALTA PARA A ARENA...

fantasmadaopera disse...

Não há espiões, ó sindroma...também eu pairo, etéreo e sempre vigilante...
nada me escapa...NEM TU!!!!

Anónimo disse...

Isto em tempos foi um Monólogo do Vaqueiro (desculpem do Paxecu...), agora está a ficar parecido com o diálogo dos velhos dos Marretas...