Sempre pensei que os portugueses acabariam por entender a vantagem de se votar em Alegre: ao mesmo tempo que evitávamos apanhar com o Cavaco em cima, ficava o Manuel Alegre ocupado com as questões da presidência e, assim sendo, sempre seriam cinco anos em que não teríamos novos poemas do homem! Tal não sucedeu. Ora tomem lá já com o seu novo poema:
Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu país.
E o vento cala a desgraça,
O vento nada me diz.
O Cavaco conseguiu?
É porque o povo o merece.
O vento perdeu o pio
No meu país que apodrece.
Mais e pior do que isto? Ah, meus amigos, não tenham pressa em descobrir. Esperam-vos cinco longos anos pela frente.
1 comentário:
Caro Síndroma deixa que eu faça "un petit" reparo porque num poema tão elevado uma palavra destrói toda a poesia.E se ficasse:
...
"No meu país que adormece."?
O país não vai apodrecer e há-de
acordar um dia...
Honni soit qui mal y pense...
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