25 janeiro 2006

O XIQUE e o XOQUE

Caras amiguinhas
Graças ao elevado número de solicitações, retomo a minha rubrica neste espaço. Porque deixem que lhes diga: há muito tempo não encontrava uma coluna com tanto sucesso como esta e é por isso que aqui voltarei semanalmente para vos dar conta daquilo que de mais elegante acontece entre vós. (Na verdade, o que de mais elegante acontece entre vós, sou eu. Mas também vos falarei do mais deselegante. E esse... ou essa... vai variando...)
  • Já repararam como estão lindas as barriguinhas das alunas? Afinal o frio não tem sido tanto como nos fazem querer. Queríamos ver as professoras a seguir esse exemplo; afinal, minhas queridas, de que vale frequentar o ginásio e sofrer horrores se não é para mostrar o resultado?!
  • Quem estava muito elegante era a P.ES PINHA, com o seu giríssimo cachecol amarelo de um xadrês muito original, a dar com a camisola.
  • Para as mais distraídas, adiantamos desde já: devem preferir a cor encarnada para as vossas toilettes de trabalho. Já reparam como os livros de ponto são giríssimos? Acreditamos que o nosso Primeiro vai engrandecer o choque tecnológico, portanto, enquanto não vem o livro de ponto electrónico (desculpem-me, a linguagem tecnológica não é o meu forte) devem tirar partido dos livrinhos que usam debaixo do braço.
  • Alguém, entre vós, já revelou ter olho clínico para o uso dos cartões. Sim, minhas queridas, não é de bom tom fazer esperar os meninos numa extensa fila ao frio e à chuva. Revelando um enorme sentido prático, Ceição adiantou-se e ostentava hoje uma bolsinha de acrílico Cartier dependurada ao pescoço. Como calculam, não trazia colar, o que é revelador de um sentido estético apuradíssimo.
  • Más-línguas têm-me repetido que na nossa escola não há finesse a sério. Que engano! Que horror! Há montes de finesse: então e a Juju Fid'algo? E a Teté Anthune? E a Emmi Alex? E todo o guarda-roupa da Juju, que se estende por várias paredes de sua casa? E a mala da Teté, finíssima, de marca muito marca? E os lenços, lindos de morrer, que a Emmi usa ao pescoço? Até a malinha de mão do nosso Belito é «Camel». Se isto não é finesse...!
  • E de realçar, com supernota, a variedade de chapéus da Conchão Baptista. Juro que nunca tinha visto outros tão bonitos nesta escola: seria porque nunca tinha visto aqui outros... nunca... em ninguém mais...???
  • Sei de quem se esteja a roer por não ser mencionada nesta coluna. Mas eis a minha máxima: não é fino quem quer, é fino quem eu decido!
  • Prémio limão azedo para os homens da escola: meus ricos, essas barrigas já não se usam. (Cá também se não usam, abusam-se!) Há, no entanto, um... um... que me tira do sério. Não será propriamente chique, talvez até descaia mais para o lado do do choque, mas a sua gargalhada viril derrete-me toda toda toda. Segredo...
  • Prémio limão azedérrimo para o refeitório. Então não há uma entrada? Já nem digo ostras, mas um salmão fumado? Não há serviçais? Não há um garçon que nos venha sorrir à mesa? Pobres meninos. Não havia necessidade, isto também não é uma escola do Terceiro Mundo (apesar de... cala-te boca!). Depois queixem-se que se portam como uns trogloditas nas aulas. Pois. Eu sempre disse: as boas maneiras adquirem-se à mesa...

Até para a semana! Deixem-me ir, estou fatigadérrima. Um beijinho (um só, dois já não se usa, e além disso tou mesmo muito cansada). Prometo que volto, tá bem?

Paula Thrombone

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