31 janeiro 2006

SIMPLESMENTE BELÍSSIMA: 15º EPISÓDIO

E assim continuamos a esticar a corda, já muito tensa, do sentido de humor da escola. Deve haver quem esteja mesmo a partir. Ou ainda há reservas de sentido de humor? Bem. Em frente.

Cenário 1: Procurando resolver o problema, que tanto a atormentava, da substituição de Madame numa turma que não gostava dela, e já sem saber que mais fazer, Juju dirigiu-se à professora Viola.
Viola respondeu-lhe, indignada:
- Não há cá troca nem meia troca de professores. Achas que eu me importo que os meus alunos fujam de mim? Olha para aquela - e, com um dedo tremente de raiva, apontava pela janela. Ao fundo, Kiki, que faltara à sua aula, assistia, completamente derretida, a uma aula de ginástica.
- Aliás, anda daí comigo - ordenou Viola. - Vais ver como dou um raspanete àquela miuda...

Cenário 2: Descansado porque, no fundo, no fundo quem verdadeiramente dava a aula era o inteligentíssimo apito, o professor da melena-ao-vento dormitava em pé. Repentinamente, o apito soprou-lhe um aviso para o cérebro:
- Sarilho a bombordo!
O da melena abriu um olho. Preocupou-se um pouco com o sopro no interior do cérebro: «Queres ver que eu tive mais uma daquelas coisas assustadoras tipo uma ideia?»
Viola e Juju aproximavam-se em passo acelerado.
Quando chegaram, porém, Kiki já lá se não encontrava: raspara-se a sete pés.
- Atenção, minhas senhoras. É proibido entrarem aqui - soprou o apito pelas orelhas do jovem professor.
- Hã? - perguntou este.
- A mim, que sou a má desta história, ninguém me proibe nada. Era o que faltava - gritou Viola.
- Hã? - perguntou o jovem.
- Mas olhe que não - espantou-se o apito. - A má de serviço nesta história é a Madame. Que, aliás, neste momento, se prepara para perpetrar o seu maquiavélico plano...
- Nem pensar! Nem pensar! - indignava-se Viola.
- Hã?

(CONTINUA)

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