20 abril 2006

O CÓDIGO DÁ VINTES - CAPÍTULO SEIS: UMA VISITA AO LUCAS

Que as pessoas que fazem gosto em me dizer que não têm pachorra para me ler mas, no entanto, continuam a ler-me religiosamente (melindrado, eu???) aguentem mais um pouco, isto já não há-de demorar...

Alelelex e Tininha estavam decididos a resolver o mistério, de modo que se dirigiram, a mais de trinta à hora (Tininha ao volante) até à casa do Lucas.
Porquê do Lucas?, perguntarão.
- Neste momento - explicava Alelelex - é o único no-no-nome que pos-ss-ss-sssuímos. Vi-o esc-c-crito numa fo-fo-fo-folha que o Mota tra-trazia no bol-bol-bolso.
Quando chegaram, o Chefe Lucas estava entretendo um par de gémeos de que o tinham encarregado, enquanto pensava, com alguma amargura: «Quando lhes disse que o presidente de uma escola tem de ser um verdadeiro baby-sitter, só queria cunhar uma frase histórica, que ficasse para a posteridade. Não era para me interpretarem à letra, caramba!»

A brincadeira que mais divertia os três, o chefe e os gémeos, consistia nisto: um dos miúdos subia para as cavalitas do Lucas; este desatava a galopar pela casa fora atrás do outro gémeo - o qual, invariavelmente, os conduzia por percursos tramados, e os fazia passar, finalmente, por uma porta baixa onde, PAC!, o pobre do gémeo encavalitado, muito alto sobre as costas do Lucas, batia violentamente com a cabeça, caindo no chão.
Lucas prometia a si próprio que o jogo, talvez um pouco perigoso, tinha de parar. Mas estava velho, esquecia-se. Trocava de gémeo. O menino que caíra, agora atento, calava-se imediatamente. Era a sua vingança. Conduzia-os por percursos tramados... até que os fazia passar pela mesmíssima porta. Lucas lá se lembrava - mas demasiado tarde: «Espera lá, não era isto que eu não ia repetir?» - PAC!!!, um gémeo no chão, berrando desalmadamente, o outro rindo a bom rir.
- É este homem que nos vai ajudar? - perguntou Tininha, com uma nota de preocupação na voz trémula.
Já, entrementes, PAC!, acabava de afocinhar mais um dos meninos.
Divertiam-se assim muito os três.

CONTINUA

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