28 maio 2006

AS GORDAS, AS INDISPENSÁVEIS GORDAS!

O ensino que, como todos sabíamos, não tinha cura, está, finalmente, nas mãos de uma médica a sério, a ministra da Educação: assim, se é certo que se encontrava à beira do precipício, hoje prepara-se, graças a Deus e à dona Lurdes, para dar um grande passo em frente!

O DN esclarece: «Pais Passam a Participar na Avaliação dos Professores».
Os professores que trabalham, não precisam de ter medo dos pais. Só aqueles que são exigentes com o trabalho dos seus alunos.
Mas tranquilizam-nos: «Não há o risco de um pai prejudicar deliberadamente o professor, porque serão vários a participar». Uf! Respiro mais calmamente: percebo que não há a menor hipótese de que «vários pais», em vez de um único, possam «prejudicar deliberadamente o professor».
Mas não sejamos redutores. Há outros elementos a ser considerados na avaliação da qualidade dos docentes. Tais como? Tais como: «o desempenho dos alunos, nomeadamente as taxas de insucesso e abandono». Isso é fácil. Nunca mais torno a dar negativas. Não volto a ter insucesso.
Para os melhores professores, haverá prémios. Para os piores, penalizações.
Será que é desta que me habilito a um portátil? Ou irei receber umas chibatadas? E se eu for masoquista, as chibatadas passarão a ser consideradas prémio...?

Claro que tudo isto traz sempre a possibilidade de algumas injustiças. Deixem-me chamar a atenção para uma: por que raio não está previsto que os alunos também possam, já agora, avaliar os professores? Nós não os avaliamos, por acaso? Não influenciamos a sua progressão? Então...!?

(E, se quisermos alargar a ideia: por que não hão-de os réus poder avaliar os senhores juízes, que julgam sem serem julgados? Hmmm?)

E só mais uma, retirada de um jornal mais leve, para desamargurar:

O «24 Horas» conta que Castelo Branco e Lady Betty Frankenstein foram apresentados à Shakira, na sexta à noite, antes do concerto no Rock in Rio. Coitada da Shakira!
Mas o jornal, sem qualquer vestígio de ironia nem de riso, deixa escapar que a conversa demorou 5 minutos. Fico mais descansado pela colombiana! 5 minutos é o tempo de se conseguir que Lady Betty compreenda quem era a rapariguita que lhe estava a dar a beijoca. «What? Who? But who? Who is she, José? You have to speak aloud, dear! What???»

Adeus. Agora vou chorar para outro lado.

5 comentários:

Anónimo disse...

Caro sindroma, claro k está previsto k os alunos avaliem tb os professores! Todos aqueles com mais de 18 anos e que já são encarregados de educação de si próprios e tb os do ensino recorrente k, na sua maioria, estão neste caso.
Porque não os médicos serem avaliados pelos seus doentes? (Assim podíamos avaliar a nossa "médica" da educação).

Anónimo disse...

E pq não os utentes avaliarem os funcionários das repartições onde têm de tratar dos seus assuntos? E qd é k os cidadãos vão passar a avaliar os seus ministros? É já a seguir...

Déjà Loin disse...

Há que admitir: há bons e maus professores, como em todas as profissões há bons e maus profissionais. Só que os bons acabam sempre prejudicados...
Não percebi bem como isso vai funcionar mas não me cheira muito bem :|.


(Também há bons e maus alunos, e dentro dos maus há os recuperáveis e os que já não há nada a fazer e que qualquer pessoa se interroga como chegaram ao ano X em que estão. Os bons professores vão sair prejudicados por se sentirem obrigados a reprovarem estes últimos?)

Anónimo disse...

I'm smashed!!! What a good English!!! Which school did you attend??? Baixa da Banheira or what??????

Gil Duarte disse...

tá melhor agora, ó smashed anonymous???