Não consigo perceber isto.
Então parece que fizeram um estudo para chegar à conclusão de que, se Portugal fosse uma marca, os portugueses não a compravam!? Bolas, precisaram de gastar dinheiro para chegar a essa brilhante conclusão? Tinham-me perguntado logo...!
Mas o meu patriotismo é que não se conforma. Quem estava todo contente na televisão, a falar sobre este estudo, era um dos investigadores, por acaso um senhor espanhol. «Por acaso»? Logo vi que isto trazia água no bico.
Para já, os portugueses não compravam a marca «Portugal» porque são pessoas de poucas posses, impossibilitados de extravagâncias. E lá que o país é uma extravagância, isso é.
Em contrapartida, não duvidem nem por um segundo de que os espanhóis andam a tentar comprá-lo. Aos poucos. Era isso que significava o sorriso no rosto daquele senhor na televisão.
Mas o estudo está mal feito, essa é que é essa.
Em primeiro lugar, era preciso saber-se: se Portugal fosse uma marca de quê?
É que se fosse de bifanas, vendia-se com certeza. Eu que o diga. E quero aproveitar para vos aconselhar a que me procurem por aí na minha rulote, que não se vão arrepender. O «Rei das bifanas» ao vosso dispor.
Se fosse uma marca de pontes, Portugal vendia-se bem. Não tanto por causa da de «Entre-os-rios», que essa até foi má publicidade para nós, mas por causa das pontes entre fins-de-semana e feriados, em que devemos ser de uma competência absoluta. Desconfio mesmo que o conceito de «ponte», nesse sentido, seja um produto genuinamente português, como os pastéis de Belém, o fado e os pauliteiros de Miranda.
Eu não me queixo de Portugal, embora haja alguns portugueses, não o escondo, que se queixam de mim, sobretudo de dores de barriga quando me compram uma bifanita. (Não é que as bifanas não sejam boas. Já disse que são óptimas. Só que fazem dores de barriga, pronto! E nem sempre...)
Mas o ponto é que os portugueses vão fazendo pela vida. É uma marca que não se vende? Ora ainda bem. O que interessa é sermos quem somos, fazendo e trabalhando de acordo com o ditado «Dá Deus o sucesso conforme o trabalho». Ou seja, para muito trabalho, pouco sucesso. Para pouco trabalho (mas esperto), muito sucesso.
2 comentários:
E que tal se fizessem esse estudo ,em Portugal, com a "marca" Espanha? Gostava de ver...É que,cá por mim,nem oferecido e com bónus!
cuidado k a lulla espanhola pode ouvir!!!!
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