04 março 2007

UM MISTÉRIO COMO NUNCA SE VIU NADA ASSIM: EPISÓDIO TREZE

Ele foi o intenso desenrolar da fotonovela, avarias de monitores, logins fracassados, logins duplicados, irs para entregar, reuniões consecutivas, enigmas para decifrar; ele foi tanta irritação que os membros do blogue (braços, pernas, cabeças entre outros) e alguns dos seus fiéis leitores já quase se tinham esquecido que em tempos existiu um objecto basilar para a escola.
Certo é que o carnet de Madame continua desaparecido e não é à toa que é preciso retomar as investigações. Porque agora e só agora!, apareceu um documento inédito, em que é captado aquele que se supõe ser o último momento em que o carnet foi visto a ser escrito publicamente. E ainda dizem que não há coincidências! O momento, captado por distracção de ambos, carnet et Madame, foi tornado público no 7ºEpisódio da fotonovela. Pensa-se que o fotógrafo não terá sido inocente na obtenção de tal imagem, mas não há provas concludentes.

O assunto será alvo de intensas averiguações e atempadamente, será formada uma Comissão Secreta de Insígnes Inspectores – CSII.

Mas para já, convém situar a acção no momento em que foi interrompida…

Lara Croft tinha em mãos um sem-número de dilemas para resolver e este era mais um; precisava reunir com os cúmplices mas a Elástica não conseguia marcar um almoço capazmente; via-se, assim, sozinha com um terrível problema entre mãos, que depressa abriu para agarrar Simãozinho. Desde esse dia, não mais se preocupou com carnet nenhumde nenhuma espécie.
Era quarta-feira, instantes antes da reunião-das-quartas, reunião aprazada em jeito de novena à qual não se podia faltar e tomado duma fúria anormal, ZézéTótó vociferava e dava pontapés na máquina de café, que teimava em apresentar-lhe o café em copo de plástico. Havia um ano, pelo menos, que isto se repetia e ele já conseguia contar pelos dedos das mãos o número de nitrofuranos que já tinha ingerido à pala da máquina, já ia em nove. Doisberto teimava em clamar por Amélia para inserir a máquina no grupo do 319, mas o máximo que conseguia era que lhe dessem doses mínimas semanais de ritalina.
- Alguém do Ensino Especial à máquina de café com urgência! E não é para substituir ninguém!, gritava D.Pylar, enquanto rascunhava numa folha de papel vegetal o nome dos professores devedores ao bufete. – Isto tem que ser tudo muito transparente, por isso escrevo tudo em papel vegetal.
No topo da lista, Tété Freire já levava em dívida dois bolos, mas sem creme; desde que esta aderira à liga-das-amigas-da-maça-de bravo-esmolfe, Dona Pylar via o negócio mal parado, só salvo pela presença constante de Juju Simones, que mantinha vigilância apertada ao tabuleiro dos queques.
Intrigada pela presença inusitada de um anormal número de caras novas na sala de professores às oito e meia, Hadélia aposta na obtenção de pontos extra e veste o papel de relações-públicas, papel que desempenha na perfeição. Leva o papel tão a sério que chega a fazer voltas de reconhecimento à pista, digo, à escola, antes de as novas colegas começarem as aulas, o que não deixa de ser intrigante: ora se Hadélia já conhece a escola de trás prá frente, para que quer ela andar às voltas com as colegas? Desconfiará ela que elas são agentes infiltrados? Desconfiará ela que são elas que detêm o carnet de Madame?

1 comentário:

Anónimo disse...

Não repararam no meio desta barafunda do rapto da Rainha,que a própria Madame se esfumou, ou melhor, ex-fumou-se. Para grande desespero da própria, não fuma há um mês e ainda ninguém reparou (aliás é a única coisa que a está a irritar solenemente, que a falta do cigarro até suporta).
Haverá alguma relação?! Desapareceu o Carnet, esfumou-se...