26 abril 2007

UM MISTÉRIO COMO NUNCA SE VIU NADA ASSIM: EPISÓDIO DEZASSEIS

É verdade que este folhetim teve uma nova e longa interrupção.
As causas deste impasse foram duas:

1) O Detective Arminho Migalhões tem tido mais que fazer; nomeadamente, podemos encontrá-lo ocupado, nos últimos tempos, com o fabrico de vulcões em miniatura (e em série) para um projecto qualquer, e o ponto é que uma pessoa não pode dividir-se nem multiplicar-se... (Um indivíduo não consegue estar em todos os lados simultaneamente, e a quantidade de afazeres do nosso herói - «quantidade» de afazeres porque são muitos vulcões, não um ou dois... - leva-o a baralhar as coisas, e até com consequências perniciosas para a sua imagem. Por exemplo, há dias chegou a horas a uma reunião, o que mostra bem como se tem perdido na sua gestão do tempo; já não é o mesmo...)

2) Mas, diga-se a bem do rigor, o Detective Arminho está perturbado por outra razão. É que já não se trata só do carnet de Madame. Não. Têm desaparecido mais coisas nesta escola.

Que coisas? Vamos por partes.

a) Leitores. Desaparecem leitores. Desde que o blogue, nobre e dignamente aliás, se rebelou e deu o seu grito do Ipiranga (consta que foi um palavrão), soltando-se do site da escola, os leitores ficaram confusos e já não conseguem aceder a isto.
Recebemos algumas cartas a esse propósito, de várias proveniências, atestando o carácter já internacional do blogue.
Por exemplo, da C+S de Vila Pouca de Aguiar, enviaram-nos a seguinte mensagem:
«Que se passa? O blogue morreu? Onde foram parar?»
Mas também um anónimo de Vale da Porca manifestou a sua preocupação:
«Foram censurados? Onde estão???»
Claro que há mensagens de parabéns.
Por exemplo, de uma Dona Coluna:
«Estão melhor do que nunca! Parabéns! Continuem desaparecidos!!!»
E de um Capitão de um Barco:
«O blogue, finalmente, ultrapassou a fase infantil de ofensas gratuitas. Só posso congratular-me. Não voltem, por favor».

(Mantemos uma leitora fiel, e para essa escrevemos: Miss Mandylion).

b) Desapareceu o trono de uma das sereias de Neptuno. Não, não deliro, é verdade. Trata-se do trono que foi usado, há muitos anos, num corso carnavalesco promovido pela escola.
(A sereia chegou a aventar: «Será que alguém roubou o trono por eu ter lá ido sentada? Por inveja, se foi uma mulher? Como fetiche, se foi um homem...?»)

Mas eis que o Detective Arminho, tentando recuperar o seu prestígio, se propôs solucionar, para já, o enigma do trono. Os outros não, mas pelo menos esse...

Primeiro espirrou, causando grande alarme. (Espirrar desentope o cérebro, ajuda a especular metodicamente): houve quem pensasse que se tratava de um dos vulcõezinhos entrando em erupção. Em algumas salas julgaram que era um simulacro de terramoto para testar o plano de emergência - e foi a única vez, aliás, ao fim de todos estes anos, que correu tudo muito bem, com os alunos a pôr-se debaixo das mesas, a contar até cinquenta, a sair ordeiramente do pavilhão, etc. etc.)

Depois do espirro, pensou, como excelente detective que era. E, acreditem, resolveu o enigma, perante a estupefacção geral.

- Bem, na verdade fui eu que levei o trono! Achei que, nas minhas funções de Presidente da Assembleia de Escola, tinha direito a um pouso condigno...!

Quanto ao carnet, não se sabe nada...!

1 comentário:

Déjà Loin disse...

Pois é, é o que acontece quando não se tem mais nada que fazer (ou não apetece fazer nada, nem levantar da cadeira para ir deitar, como é o caso neste momento, e mais um bocadinho e escrevo o parêntesis mais longo da história do blog, história com H, que neste caso é assim que se escreve, mas mesmo que fosse suposto escrever com E, escreveria com H porque estória é uma aberração estética), acaba-se aqui a ler o blog : P.

Devia receber um prémio qualquer pela última frase, com smile e tudo, são os novos tempos.