24 maio 2007

UM MISTÉRIO COMO NUNCA SE VIU NADA ASSIM: EPISÓDIO DEZASSETE

Longe vai o tempo em que havia tempo para lançar buscas ao célebre carnet de madame. As buscas conduziram a uma singela folha, aparentemente arrancada às pressas. A própria madame já o substituiu, que sem assentamento as coisas não podem ficar, como vimos nas lições anteriores. Isto porque todos os dias chovem tantas novidades, que se não as anotarmos corremos o risco de nos esquecermos até de marcar férias. Há dias até em que se dizem coisas pela manhã que se contradizem à noite.
Está na cara que esta investigação não passou pelo filtro da judiciária portuguesa, não, a malta não ganha para pagar isso. Se assim fosse, não havia skynews que não estacionasse à porta da eslav. O parque de estacionamento estaria coberto de parabólicas e todos os dias tínhamos tido um porta-voz que nos traria informações fresquinhas em duas línguas, na nossa, comuns mortais lusos, e em inglês, língua internacional, a da própria madame.
Mas não, as buscas que se realizam na eslav são tímidas e agora são só à cata de pontos. Pontos e mais pontos. E fazem-se contas e mais contas, em mesas redondas, que andam sempre às voltas. Uma coisa como nunca se viu nada assim.
Foi por causa dos pontos que o sorriso voltou a ser largo na cara do fantasmadaopera, que levou meia dúzia de pontos no dedão do pé. Graças a isso, e só por isso, ei-lo titular. E é também por isso que se revelam alguns segredos bem guardados, a ver pela confissão do professor Barnabé.
É por estas e por outras que as investigações se arrastam. Também esta chave estará nas mãos do professor Arminho que, agora que já se viu livre dos vulcões, apenas tem que contornar a questão que incomoda tanto a dona Coluna, que é o barulho ensurdecedor que se faz na sala de professor e que a impede de pensar seja no que for, a ela e a alguém que seja.
Como por exemplo, quando uma pessoa está aflitinha e não pode ir à casa de banho que está avariada, porque alguém distraidamente deixou cair para lá a toalha turca das mãos, um batom de cieiro, um espantalho do ruralidades, o livro de ponto dum certo sétimo ano e o carimbo “Faltou”. Mas há sempre quem ccconsiga pensar numa sssolução admirável mesmo no meio daquela aaagitação e sugira “há mmuito mmato aí”.
Ora aí está uma coisa que ainda ninguém tinha pensado: terá sido o carnet o responsável entupidor de sanitas?

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