Acontece por esta altura, estarem muitos professores emalando a trouxa e a preparar-se para zarpar, da escola e do burgo eslavense. A maior parte, parte reclamando. Queria ficar por cá, a ver com que linhas se cose o próximo ano lectivo, mas isso está nos segredo de alguns deuses, que parece que já partiram de férias antecipadas. Quem viveu de perto o problema das ausências antecipadas foi quem tinha que lidar com certos computadores, em cujo assistente informático, no sentido literal do termo, resolveu ir de férias. O que vale é que há sempre um portátil para substituir os assistentes, os assistentes efectivos e os assistentes suplentes...
Espantosamente, quem tenha pedido uma licença especial para interromper as férias; o banheiro não estava de acordo, que o toldo estava alugado até ao fim do mês e não lhe apetecia devolver a diária. Mas pronto, como era só um dia, o homem lá teve em conta o desespero bem visível na cara do requisitante e cedeu. Mas só por um dia, para reunião de grupo. Porque não há nada mais importante que o grupo. Que o diga o novo habitante da eslav, o Ratinho do Campo. Agora, que a escola está quase vazia, o Ratinho do Campo descobriu que o polivalente eslavo é um ótimo lugar para passar as férias. Extenuado pea luta do dia a dia no campo agora remexido pelas escavadoras, de esburacar de toca em toca à procura duma sandocha reconfortante, o Ratinho do Campo acampou com a família debaixo da rampa. Mas só aparece ao fim da tarde, quando já sabe que não há exames para vigiar. E principalmente porque sabe que o secretariado já fechou as provas no cofre. Assim, sabe que não há provas contra si. Sim, enquanto lhe for possível, vai permanecer no anonimato. Nem que o secretariado o convide para o almoço de sexta-feira.
4 comentários:
Almoço?!
É preciso marcar de véspera, ou pode ser no próprio dia até às 10h30?
Juro que tenho dinheiro no cartâo!
Pequeno-almoço
Acho que vi isto num filme. Devo ter visto num filme. Preferia ter visto num filme. Já não sei se vi num filme ou se aconteceu mesmo.
Tomava o pequeno-almoço em Covent Garden e na mesa à minha frente sentou-se um homem com a cara fechada – esse rosto caricaturalmente sério com que os actores de cinema se mascaram para serem alguns homens: homens que fazem parte de grupos criminosos, homens criminosos porque fazem parte de um grupo, homens que treinaram a memória para esquecer; homens que se trancaram, e nessa altura, desaprenderam a sorrir. Nem para a empregada bonita, de um bonito francês.
O homem mete a mão ao bolso interior do casaco de cabedal. Fecho os olhos. Quando os abro, o homem continua lá. Toda a gente continua no café francês. A empregada bonita passa. Outros clientes entram, sentam-se. Outros saem. Ninguém parece reparar no homem. Nem agora que deita ameaçadoramente as cartas sobre a mesa. As cartas escorrem-lhe vermelhas da mão.
Olha em frente, calha ser a direcção da porta, mas é difícil dizer se espera ver entrar alguém em particular. O tempo passa por ele – nas mãos, não nos olhos – e à sua frente continua aquele espaço vazio, até à barreira das costas seguintes, do homem seguinte, ali a metros mas que nada tem a ver com o homem atrás de si.
Não olha para as mãos, as mãos trabalham melhor quando não são vigiadas. O homem joga bem, joga de muito hábito. Joga melhor contra si próprio, mais habitual do que isso não há.
Roda as cartas com a rapidez de uma volta de canhão.
Parte. Dá. O homem tira uma carta. Volta-a ao contrário.
Não sei se morreu ali naquele momento – não vi que carta lhe saiu, e mesmo que visse, não adiantaria, só ele pode interpretar a própria morte. E quanto ao rosto, nem alívio nem medo.
O homem volta a pôr a carta no baralho e afasta-o. Chegou o croissant e o cappuccino.E o homem toma o seu pequeno-almoço.
Mais uma vítima do frio, a graviola, Annonna muricata L..
Neste ponto, da germinação já tinha falhado duas vezes com esta espécie. Desta vez fiz uma mistura em parte iguais de areia, turfa e terra argilosa com um pouco de estrume de cavalo bem curtido, o vaso esteve sempre à sombra. Germinaram bem, mas só em finais de Maio, ou seja com tempo quente.
Esta espécie não é de maneira nenhuma indicada para o nosso clima, é uma planta típica de clima tropical húmido.
O meu interesse nesta planta é tentar a enxertia na A. cherimola, que se dá bem no nosso clima, na tentativa de mlhorar os frutos, já que o
fruto esta anona tem em média três quilos, chegando a ser referidos frutos com 7 kg. É referido também, que o sabor não é tão bom como na A. cherimola, embora nunca tenha provado este fruto.
O meu lado optimista diz que os pequenos troncos ainda não estão completamente secos e a temperatura mínima começou a subir.
Este anónimo está definitivamente de férias. Ele é jardinagem, ele é conhecimentos tão específicos que qualquer titular terá dificuldade de igualar, reconhecer, certificar, validar, avaliar...
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