A escola está a ficar cada dia mais bonita. Aperalta-se para o 2008. Leva algum tempo, um dinheirito extra, algum sacrifício, um jorro de suor, mas principalmente muita paciência!
-Ah, senhor Tony! Isto está a ficar bonito! Ainda falta colocar muito sinais?
-Alguns, assim que houver mais um tempinho, acaba-se isso. Uma pessoa não consegue fazer tudo. Mas venha cá ver os que já estão. Olhe, começamos por aqui, pelo pavilhão A. Tá lindo ou não?
-Hã...?
-Não era assim que queria?
-Olhe lá, isto não era para ser ao contrário? Isto não é um 6, é um 9! Não viu o ponteiro do rato?
-Ai, é? Ah, veja lá que nem repararei nesse sinalzinho... Parece que estou a ver pior... (pigarreia senhor Tony, limpando os óculos à bata azul).
-Então e os outros pavilhões? Já está na 24?
-Venha, venha ver.
-Mas e este papel? O que é que faz fora do acrílico? Ó homem, isso era por dentro!, ENTRE os acrílicos!
-Ai era? Veja lá como as coisas são. Estava escuro, sabe, à tardinha...
-E este das casas de banho? Podia estar mais direitinho, não? Você não sabe usar o nível?
-Tá torto? Eu ia jurar que não! Sabe como é, de manhãzinha, há muita luz, um gajo confia...
-Olhe este aqui, o da sala dos professores, porque é que tem estes buracos atrás? Não sabia escondê-los?
-Buracos? Ai isso são buracos? E eu que pensei que eram chicletes, daquelas coisas, que os miúdos colam nas paredes...
-Olhe. Quando mudar esse, aproveite para por os dois das casas de banho no polivalente; é que, quando há um masculino, ali ao lado há sempre um feminino, percebeu? Já viu que tem que tirá-los todos, não é? Mas por favor, não faça isso sozinho...
Voltámos sem pretensões. Com mais criações. E opiniões. O verdadeiro blogue sem borbulhas.
21 dezembro 2007
18 dezembro 2007
MARCAS QUE MARCAM ESTE NATAL
As ocasiões festivas são, no ano, os momentos propícios à mostra de modelos que aguardam uma oportunidade de brilhar. O acessório do ano, recém-eleito por unanimidade por toda a comunidade eslavense apresentou-se hoje a público, provocando uma autêntica revolução mediática. Contra todas as previsões, conseguiu-se um esboço do modelito, que pecava pela ausência da outra peça com que estava planeado o binário, presumivelmente assinado por Agata Ruim de la Parda.
AFINAL O PRESIDENTE COMOVEU-SE!!!
17 dezembro 2007
MADAME VEM DE TROLLEY (ESCREVE-SE ASSIM?!)
Madame teve, de presente de anos, para além de jóias, peles e tudo o que merece, um trolley - uma coisa tão fina e tão moderna, que nem sei se é mesmo assim que se escreve...
MADAME [referindo-se à prenda, vaidosa] - ... Eu andava tão carregada (ele eram testes, ele era o pc portátil, ele eram gravadores e, sobretudo, o meu carnet, tão pesado, tão cheio de informações e de planos maquiavélicos...) que já me queixava da coluna, das costas, dos braços. E vai daí, ofereceram-me um trolley... vou começar a trazê-lo no próximo período e já estou mesmo a ver: muita gente que eu cá sei vai rilhar os dentes de inveja. Toma!
O que levou Madame a insinuar que lhe deviam oferecer um trolley? O que levou a que lho oferecessem, finalmente? A grande queda!
Há dias, algures, Madame escorregara em não sei quê (uma mica?! uma uva?! um pobre tapete que lá estava cumprindo a sua função?!) e deslizara ainda mais rapidamente do que se fosse, ela própria, um trolley e zzzzzzzum: navegara, vogara, voara e aterrara no chão, sob testes, o pc, o gravador, o carnet...
E ninguém se tinha movido. Essa é que é essa. Havia pessoas a assistir e ninguém fora capaz de se dirigir a correr ou, vá, mesmo devagarinho, numa operação de salvamento: NINGUÉM!
Há quem diga que assim sucedeu porque, quanto maior a velocidade do espectáculo, mais lentos e lerdos tendem a ficar os espectadores.
A versão em que confio mais, não é essa. Diz que as pessoas paralizaram. Aterradas! Se Madame cai, é bom não se estar por perto quando ela se levantar porque, lá diz o antigo provérbio: «Madame zangada, ui ui, faz de conta que não existes! Não te mexas não te mexas ui ui!»
E foi isto.
Ofereceram-lhe o trolley...
MADAME [referindo-se à prenda, vaidosa] - ... Eu andava tão carregada (ele eram testes, ele era o pc portátil, ele eram gravadores e, sobretudo, o meu carnet, tão pesado, tão cheio de informações e de planos maquiavélicos...) que já me queixava da coluna, das costas, dos braços. E vai daí, ofereceram-me um trolley... vou começar a trazê-lo no próximo período e já estou mesmo a ver: muita gente que eu cá sei vai rilhar os dentes de inveja. Toma!
O que levou Madame a insinuar que lhe deviam oferecer um trolley? O que levou a que lho oferecessem, finalmente? A grande queda!
Há dias, algures, Madame escorregara em não sei quê (uma mica?! uma uva?! um pobre tapete que lá estava cumprindo a sua função?!) e deslizara ainda mais rapidamente do que se fosse, ela própria, um trolley e zzzzzzzum: navegara, vogara, voara e aterrara no chão, sob testes, o pc, o gravador, o carnet...
E ninguém se tinha movido. Essa é que é essa. Havia pessoas a assistir e ninguém fora capaz de se dirigir a correr ou, vá, mesmo devagarinho, numa operação de salvamento: NINGUÉM!
Há quem diga que assim sucedeu porque, quanto maior a velocidade do espectáculo, mais lentos e lerdos tendem a ficar os espectadores.
A versão em que confio mais, não é essa. Diz que as pessoas paralizaram. Aterradas! Se Madame cai, é bom não se estar por perto quando ela se levantar porque, lá diz o antigo provérbio: «Madame zangada, ui ui, faz de conta que não existes! Não te mexas não te mexas ui ui!»
E foi isto.
Ofereceram-lhe o trolley...
13 dezembro 2007
O TRATADO E AS ELEIÇÕES
Hoje foi um dia marcante: houve eleições na eslav e assinou-se um tratado que dizem ser tão ou mais decisivo para o nosso futuro quanto o acto eleitoral eslavense. Não sei qual dos dois acontecimentos é digno de maior destaque, mas só fui convocada para um. Sei que não vi nem uma lagrimazinha comovida assomar aos olhos do presidente Arminho. E que ninguém registou que eu assinalei o X no boletim de voto exactamente às 10:13h. E também sei que não foram distribuídas nem canetas de prata nem bics cor de laranja para comemorar o acto. Sei somente que foram distribuídos uns chocolatinhos e uns bolinhos do lidl e que nem sequer era para nos adoçar a beiça; tratou-se do fruto do acaso, que é como se traduz wahlen A, do alemão.
10 dezembro 2007
08 dezembro 2007
UM IDEIA DE SE LHE TIRAR O CHAPÉU (E UM POUCO MAIS)
Todos sabemos que dinheiro é coisa que nunca abunda nas escolas mas o pior é que não é só o dinheiro que escasseia. Não é que hoje me tenha dado para desfiar o rosário de queixumes, que eu até sou avesso a pegar em objectos de cariz religioso. Que falta dinheiro, que os Encarregados de Educação andam completamente histéricos (como se tivessem que educar não só os seus educandos, mas os próprios professores), que o ministério já não sabe o que mais inventar, nada disto é novo mas não podemos dizer só dizer mal.
É verdade que as coisas estão péssimas. Pois por isso mesmo, é chegada a altura de sorrir e tomar uma atitude de quem está feliz. Já dizia o saudoso sargento Balicha, que deve andar, entre nuvens, a pôr os anjos todos a fazer flexões, gritando-lhes: «Tocar harpa? Ai vocemecê queria tocar harpa, não? Eu vos dou a harpa! Sua Amelinha! Já aí trezentas flexões... e sem milagres, hã?». Mas não é nada disto que eu lhe queria citar; ele dizia muitas vezes o seguinte: - Nunca deixes que tenham pena de ti! Quando estiveres na penúria, antes que te lamentem e digam «pobre tipo!», arranja um carro topo de gama, nem que fiques sem comer durante um mês, e cala a boca aos profissionais da piedade!
Ora bem, eu tenho uma ideia para a escola começar a juntar dinheiro para as boas causas. Tenho pena de não ter sido eu a inventar a ideia mas tenho o privilégio de a propôr.
Já ouviram falar desta moda que é umas mães, ou umas velhinhas, ou umas donas de casa, fotografarem-se nuas e fazerem uns calendários para vender? É por toda a parte e por todas as causas. Ele é até os bombeiros, mas esses não tiveram coragem para se despir, como fizeram aqui há tempos alguns, bem, cala-te boca, que isto não é para dizer mal.
Ora, digo eu, porque não se organiza a escola para fotografar os professores nus? E parecia-vos muito mal se, já agora, eu pedisse que fossem só «as» professoras? E NÃO TODAS!?, que eu até me oferecia para fazer parte do júri que se incumbisse de seleccionar as fotografias mais... interessantes?
Espero que esta ideia siga o seu caminho. Até porque me chegou às antenas que anda aí uma mãe de um aluno, muito ofendida com o blogue dos professores, porque se esqueceram de lhe explicar que, se não queria que o seu filho acedesse ao dito blogue, tinha boa solução, que era impedi-lo de o fazer. Essa senhora até se deu ao trabalho de imprimir os últimos posts do blogue, para fazer queixas da pouca-vergonha. De modo que, pensei para comigo, como a senhora gosta de imprimir, talvez lhe pudéssemos pedir que fizesse o favor de nos imprimir os calendários. Ou não?
É verdade que as coisas estão péssimas. Pois por isso mesmo, é chegada a altura de sorrir e tomar uma atitude de quem está feliz. Já dizia o saudoso sargento Balicha, que deve andar, entre nuvens, a pôr os anjos todos a fazer flexões, gritando-lhes: «Tocar harpa? Ai vocemecê queria tocar harpa, não? Eu vos dou a harpa! Sua Amelinha! Já aí trezentas flexões... e sem milagres, hã?». Mas não é nada disto que eu lhe queria citar; ele dizia muitas vezes o seguinte: - Nunca deixes que tenham pena de ti! Quando estiveres na penúria, antes que te lamentem e digam «pobre tipo!», arranja um carro topo de gama, nem que fiques sem comer durante um mês, e cala a boca aos profissionais da piedade!
Ora bem, eu tenho uma ideia para a escola começar a juntar dinheiro para as boas causas. Tenho pena de não ter sido eu a inventar a ideia mas tenho o privilégio de a propôr.
Já ouviram falar desta moda que é umas mães, ou umas velhinhas, ou umas donas de casa, fotografarem-se nuas e fazerem uns calendários para vender? É por toda a parte e por todas as causas. Ele é até os bombeiros, mas esses não tiveram coragem para se despir, como fizeram aqui há tempos alguns, bem, cala-te boca, que isto não é para dizer mal.
Ora, digo eu, porque não se organiza a escola para fotografar os professores nus? E parecia-vos muito mal se, já agora, eu pedisse que fossem só «as» professoras? E NÃO TODAS!?, que eu até me oferecia para fazer parte do júri que se incumbisse de seleccionar as fotografias mais... interessantes?
Espero que esta ideia siga o seu caminho. Até porque me chegou às antenas que anda aí uma mãe de um aluno, muito ofendida com o blogue dos professores, porque se esqueceram de lhe explicar que, se não queria que o seu filho acedesse ao dito blogue, tinha boa solução, que era impedi-lo de o fazer. Essa senhora até se deu ao trabalho de imprimir os últimos posts do blogue, para fazer queixas da pouca-vergonha. De modo que, pensei para comigo, como a senhora gosta de imprimir, talvez lhe pudéssemos pedir que fizesse o favor de nos imprimir os calendários. Ou não?
Subscrever:
Mensagens (Atom)