21 dezembro 2007

LAVANDO A CARA À ESLAV - I

A escola está a ficar cada dia mais bonita. Aperalta-se para o 2008. Leva algum tempo, um dinheirito extra, algum sacrifício, um jorro de suor, mas principalmente muita paciência!
-Ah, senhor Tony! Isto está a ficar bonito! Ainda falta colocar muito sinais?
-Alguns, assim que houver mais um tempinho, acaba-se isso. Uma pessoa não consegue fazer tudo. Mas venha cá ver os que já estão. Olhe, começamos por aqui, pelo pavilhão A. Tá lindo ou não?
-Hã...?
-Não era assim que queria?
-Olhe lá, isto não era para ser ao contrário? Isto não é um 6, é um 9! Não viu o ponteiro do rato?
-Ai, é? Ah, veja lá que nem repararei nesse sinalzinho... Parece que estou a ver pior... (pigarreia senhor Tony, limpando os óculos à bata azul).
-Então e os outros pavilhões? Já está na 24?
-Venha, venha ver.
-Mas e este papel? O que é que faz fora do acrílico? Ó homem, isso era por dentro!, ENTRE os acrílicos!
-Ai era? Veja lá como as coisas são. Estava escuro, sabe, à tardinha...
-E este das casas de banho? Podia estar mais direitinho, não? Você não sabe usar o nível?
-Tá torto? Eu ia jurar que não! Sabe como é, de manhãzinha, há muita luz, um gajo confia...
-Olhe este aqui, o da sala dos professores, porque é que tem estes buracos atrás? Não sabia escondê-los?
-Buracos? Ai isso são buracos? E eu que pensei que eram chicletes, daquelas coisas, que os miúdos colam nas paredes...
-Olhe. Quando mudar esse, aproveite para por os dois das casas de banho no polivalente; é que, quando há um masculino, ali ao lado há sempre um feminino, percebeu? Já viu que tem que tirá-los todos, não é? Mas por favor, não faça isso sozinho...

1 comentário:

Anónimo disse...

Há tarefas demasiado complexas para serem feitas por uma só pessoa. O homem ainda tem um esgotamento!...