26 setembro 2010

ELES VÊM AÍ

É indiscutível que, nas mãos certas, um blogue de escola é um prodigioso instrumento de carácter didáctico e pedagógico. Naturalmente, ESTE blogue esteve sempre nas mãos erradas. Só pensava em rir, folgar, gozar e achincalhar. Por essa razão, causou mais estragos do que trouxe benefícios pedagógicos.


E só não causou ainda mais estragos porque, numa certa altura, já só tinha dois leitores.

Um deles era uma senhora Abelha Maia, que não percebia patavina do que lia. «Bzzzzz», insistia ela, «não entendi!»

O outro leitor era um senhor que se assinava Anónimo e, se bem se lembram, provocou mais danos ao blogue do que o blogue a ele. Na verdade, o senhor Anónimo enterrou o blogue.


Claro que isto não era nada a que um provedor não desse solução. Sim, o blogue teve algumas provedoras. Mas as provedoras não acalmavam o ambiente, tornavam-no mais tenso. Não se podia dizer «Mata!», que uma provedora não respondesse «Esfola!».


Felizmente, o blogue, cheio de ervas ruins, de ar irrespirável, ecoando escárnio e maledicência por todo o lado, acabou por fechar. Todos os anos comemoro o encerramento do blogue. Dizem-me agora que vai reabrir? Reabrir?! Pode lá ser. Outra vez a elastigirl, a abelha maia, a lara croft, o ferreiro rocheiro, a paula thrombone, o sindroma, a rainha, o das sandes, a não sei quantas? Eu sou contra o blogue, porque caricatura as pessoas da escola. E, sendo as pessoas da escola aquilo que são, às vezes fico muito confuso e com algumas dúvidas: já não sei, em certos momentos de excessivo ridículo, se as personagens do blogue são caricatura de pessoas da escola, ou se algumas pessoas da escola são caricaturas hiperbólicas das personagens do blogue.


E não gosto de andar confundido. Por mim, abria-se o blogue para se fazer um único post, a dizer: «Meus amigos, voltamos a encerrar! Adeus!»

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