11 novembro 2010

INFORMES SOBRE EXPLICAÇÕES NA SALA DE PROFESSORES

Tenho notado, senhora dona ministra, algumas diferenças na forma como certos professores se prontificam a dar explicações aos seus colegas, no quadro do Plano Tecnológico.

Por exemplo, a senhora Dona Ervilha, que se auto-intitula Lara Croft (estes professores continuam com a estranha mania de que são super-heróis, minha senhora; há, francamente, algo de manicómico naquela escola), a senhora, escrevia eu, que se intitula Lara Croft, fornece explicações ao professor Gagá. É prestável e sabe do assunto. Olá, se sabe! O senhor tinha comprado o portátil e nunca o usara. Vai continuar, possivelmente, a não o usar. Mas, pelo menos, instalou-se o anti-vírus. A dona Lara Croft, pensando bem, talvez seja mesmo uma super-heroína!

Já pelo contrário o senhor Sindroma, que se transforma rapidamente em Greenlight, também quis dar uma explicação de computadores a Miss Cat. Miss Cat não será a rainha dos computadores! Tinha algumas dúvidas - por exemplo: como é que uma pessoa se senta para começar a escrever; onde é o teclado; para que serve o google. Por outro lado, percebe-se que o Greenlight també não é nenhum ás. Pergunto-me se Miss Cat não teria feito melhor em pedir uma explicação ao senhor Gagá. Porque, ao fim de duas ou três palavras, o senhor Greenlight ficou tão nervoso, que teve de se ir embora sem ter conseguido explicar nada. Suando em bica, com desculpas esfarrapadas, do génereo de: «Bem! Desculpa, Cat, mas tocou e tenho de ir dar aula...» Como se algum professor daquela escola se preocupasse com a hora de ir dar aulas!
(Bem, não quero ser demasiado injusto. Há um que se preocupa, sim senhor. É o professor Migalhões: esse faz muita questão de não perder de vista a hora de aula, para ver se consegue nunca se cruzar com ela...)

Minha senhora, os meus respeitos.

Gaspar Olhovivo

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