19 fevereiro 2006

DESENCANTO E REVOLTA (2)

O que é que um filme tem em comum com uma transmissão televisiva? Uma sensação desconfortável que me apetece partilhar convosco. Eu até nem costumo ser lamechas, mas há coisas que me tiram do sério.
Havia algum tempo que não ia ao cinema. Na sexta-feira quebrei o jejum e soubesse o que sei hoje, tinha ido ao Blockbuster...
Então não é que a moda de comer pipocas no cinema ainda não acabou?!
A sala encheu-se para ver o Syriana e as únicas quatro pessoas que naquela sala comiam pipocas, estavam ao mesmo ao meu lado! Pois bem, o argumento é denso, os personagens sucedem-se em constantes diálogos e nenhum tipo de efeito contribui para manter o entusiasmo (desta vez, nem o George Clooney nos acode). Aquilo é política, nua e crua.
Como se isso não bastasse, o cré cré cré do estalar das pipocas ainda zune nos meus ouvidos.
Prefiro uma sala cheia de fumo a um maxi balde de pipocas...
A moda das proibições anda por aí. Quando for proibido comer no cinema, vou voltar!
(Eu já desconfiava que os comentários cinéfilos ficariam mesmo por conta da SpanishLullaby)

Outra coisa que me faz pensar, é o tempo e a energia dedicada à trasladação da irmã Lúcia.
Que de tão extraordinário fez esta mulher que dedicou a vida ao silêncio em reclusão? Quantos seres vivos foram mais felizes por intervenção dela?
Quantas irmãs Lúcias vale uma irmã Teresa de Calcutá?

5 comentários:

Gil Duarte disse...

Não posso estar de acordo com o teu ponto de vista irreligioso. A reclusão e, sobretudo, o silêncio da irmã Lúcia foram um bem precioso para toda a humanidade...

Abelha Maia disse...

realmente vocês arranjam cada coisa para fazer com o vosso tempo!ver tv e escrever no belogue!...

Ana C Marques disse...

Conheço outros casos a quem o silêncio e o recolhimento seriam TÃOOOOOOOOOOOo benéficos para a humanidade......

Gil Duarte disse...

Não é uma indirecta para mim, é?

Ana C Marques disse...

No way, Jose!