09 fevereiro 2006

O XIQUE E O XOQUE

As mulheres da escola estão mais bonitas. Não é porque a Sofia as elogiou que começaram a dar nas vistas. (Bem-vinda, queriducha, às nossas produções criativas!)
Refiro-me aos artefactos de elevado nível artístico que muitas ostentam nas lapelas, nos decotes, nos dedos e nas orelhas!
De facto, desde que a querida Lailai Macieira se dedicou à alta joalharia, as professoras passaram a estar chiquérrimas.
É só reparar na elegantíssima Juju Lieta que há pouco tempo se mostrava indecisa entre uma e outra peça; minha querida, qual delas a mais bonita! Qualquer coisa que a menina escolha lhe fica bem! Qualquer coisa é, digamos, muito valorizada no seu corpo alto e magrérrimo, que inveja, que inveeeja!
Este trabalho apurado não fica por aqui. Um brinquinho by Lailai, uma pregadeira by Lailai (não estavam à espera que eu usasse outra palavra, não?), o que quer que lhe venha das mãos mais-que-perfeitas é um must de arrojo, dinâmica, elegância, sofisticação, leveza, graciosidade. (Será que, continuando nisto, depois tenho direito a uma percentagem? Está muito na moda, é chique).
Não ficamos indiferentes à colaboração que mestre Abel, o nosso Belito, tem demonstrado na pesquisa incansável de materiais e técnicas de execução. As finas pratas que Lailai usa são disso um bom exemplo.
Chique chique chique estava também Tininha Nunes que, trajada a rigor, se dedica semanalmente à aprendizagem dessa arte manual que em tanto contribui para aliviar o stress! Tenho para mim que ser professor é uma profissão desgastante, o querido Daniel Azarado concorda comigo, ele mesmo m'o confessou na elegante apresentação do livro da Bebé Pincesa, inspirado pela terras de além e aquém Mondego. Como sabem, eu não sou muito de leituras, penso que há coisas mais chiques para fazer na vida. Mas afianço-vos que o livro vale a pena: tem uma capa lindérrima e fica bem numas mãos recheadas de jóias-Lailai. Passemos ao lado masculino da escola. Xiquinho continua a dar nas vistas, trajado a rigor, representando da melhor maneira aquele ditado antigo: "com este fatinho preto, eu nunca me comprometo". (Embora o meu alvo seja outro. Quem? Ah, lindas, nem pensar, frio, frio, frio. Enfin, é o meu segredo. A minha gargalhada secreta para eu recordar em casa).
Bebé Moreia fazia hoje levantar as pedras da calçada! Com o chiquíssimo modelito que ostentava! concordo consigo, querida, há que proteger as ideias com um abafo quentinho! Há que não deixar voar as ideias, queriducha, nada de desperdícios!
Mas quem realmente nos inspirou como ninguém foi a perfeita Conchão Baptista: a um primeiro olhar, mais distraído, houve quem pensasse que um candeeiro de pé alto ganhara vida e se deslocava por ali, com o seu elegante abat-jour de riscas, como num filme de fantasmas. Não, queridas. Era mesmo a Conchão, com um chapéu im-per-dível (sim, aquele dificilmente se perderá...). E se parecia um candeeiro, era porque toda ela era luz derramada sobre a cinzenta sala de professores.
E por hoje vos abandono. Mais um pouquinho só. Não carpam, que eu voltarei. Beijinho-beijinho!

1 comentário:

Anónimo disse...

Querida amiga,
venho por este meio agradecer-lhe o reparo, que tão bem fez, às minhas modestas criações.
É claro que são obras de apurado gosto e fino porte... são obras únicas, como únicas são as grandes obras, ousaria mesmo dizer como Única é a sua criadora - EU.
Já agora, o reparo ao belito foi justo e merecido...só mais uma coisa, divulgue e se quiser enriquecer o seu já tão belo ser, sabe onde me encontrar. Com eterna amizade
Lailai, EU