08 fevereiro 2006

SIMPLESMENTE BELÍSSIMA: 16º EPISÓDIO

Duas correntes se lançavam, simultaneamente, em sentidos opostos: por um lado, Fatinha, muito zangada, ia-se dali embora - levando na sua peugada um grupo enorme, se bem se lembram: o recém-eleito Presidente da República, que se encantara da sua sabedoria, e inúmeros apoiantes, ainda com as bandeiras desfraldadas ao vento. Consideravam-na o novo ídolo, a mulher mais sábia do mundo, um novo Sócrates. Interpretavam cada uma das suas palavras como tendo uma mensagem profunda:
- Deixem-me todos em paz! - gritava ela para a multidão, que a não largava. - Vão para a cama, que já é tarde...
E um:
- Fala da necessidade de paz no mundo. E diz que já vai sendo tarde para se fazer alguma coisa...
E outro:
- Mas falou de cama. Que quereria dizer com isso?
- Que não nos podemos deitar a dormir, enquanto o mundo se afunda?
- Que tem sono?
- Estúpido! Básico! Que raio de interpretação é essa?
A outra corrente, era formada por um grupo que se dirigia, precisamente, ao palácio de Madame: capitaneados pela professora Viola (vêem como agora me resguardo? quem terá já adivinhado que professora se esconde sob este nome, sob este anagrama, eh, eh, eh!?), Juju, o rapaz da melena de oiro e o apito inteligente, chegavam e batiam violentamente à porta.
- Com que então - atirou Viola à cara de Madame, que lhe viera abrir - parece que tu é que és a má?
- Não tenhas dúvidas - respondeu-lhe.
- Uma ova! Eu sou muito pior. Nem imaginas...
- Pior do que eu? Que fervi um professor numa panela de água a escaldar?
- Aposto que nunca ferveste um cão, que é muito pior do que ferver um professor...
Mediam-se, uma muito alta e magra, a outra mais baixa e roliça, ambas de cigarro nos lábios, neste estranho e pavoroso duelo.
- Eu mandei pôr o chefe num lar de professores em stress.
- Isso não foi um mal, foi um bem. Pois olha, eu mandei surrar o Sindroma.
- E isso foi um mal? Só se perderam as que cairam no chão...
Cara Danjo e Dolor, amarrados, seguiam, atentos, este viperino duelo de maldade. Juju não perdia uma palavra.
No silêncio, ouviu-se:
- Hã?
- Cala-te - pediu o apito ao jovem da melena.
- Temos de resolver isto de outro modo - sugeriu Madame. - Anda comigo. Vamos perguntar ao espelho mágico qual das duas é pior.
- Vamos lá.
- Está na casa de banho. Anda daí.
Com a retirada destas duas figuras, soltou-se, na sala, um suspiro colectivo.
- nunca perssebi - comentou Cara Danjo - purke diaxo as mulhéres teien de ir çempre juntas à casadebanho...
Nesse momento, lá do fundo, onde se situava a casa de banho, ouviu-se um crrrrrrrrac!, com o qual o espelho mágico, incapaz de suportar as duas mulheres que lhe gritavam aos ouvidos, se estilhaçava em centenas de milhar de fragmentos...

(CONTINUA)

4 comentários:

Anónimo disse...

Juju?
Julieta? Não fuma!
Elvira? Não é redonda!
Anabela? Não é feia para partir um espelho!
As prof.s novas? Nem lhes sei os nomes, como poderiam entrar como protagonistas na historia!
Anas várias? Não se enquadram no perfil!
Juju = Lulu? Talvez!...

Anónimo disse...

TEMOS OS PROFESSORES MAIS LINDOS DO MUNDO!

Abelha Maia disse...

sintoooma!!!como sempre estou a apanhar do ar!parece k há aqui um small puzzle para eu descodificar,tenho k ver se te apanho amanhã para te auscultar?!

Anónimo disse...

aluna, be quiet,very, very quiet, or else...