20 maio 2006

SANGUE AZUL

Na Idade Média, blasfemar era um pecado mortal e, os camponeses, jamais se arriscavam a nele incorrer.
Os senhores feudais, porém, costumavam fazê-lo sem o menor escrúpulo, até ao dia em que certo jesuíta, favorito do rei, lhes proibiu empregar o nome de Deus em suas blasfémias predilectas. Eles contornavam essa dificuldade substituindo “Deus” por “Azul”.E , assim, essas imprecações foram-se modificando:
Par la mort de Dieu (pela morte de Deus) passou a ser Morbleu;
Sacré Dieu (Santo Deus) passou a ser Sacrebleu;
Par le sang de Dieu (Pelo sangue de Deus), Palsembleu, etc...
A criadagem, que ouvia essas imprecações, retinha apenas o final, ou seja, Sang Bleu, sangue azul.
O uso dessa blasfémia era privilégio da nobreza. Então, para distinguir um nobre de um plebeu, os criados costumavam dizer: "Esse é um sangue-azul!".
Poderemos então sintetizar que “ sangue azul” se tornou sinal de nobreza e de privilégio.
Vide foto que ilustra bem essa situação de “ favorecido”… O camponês como “animal de carga” para nobres e religiosos, mantêm-se ainda no século XIX e grande parte do século XX….
Doença azul ou sangue azul tem também a ver com uma situação clínica em que o indivíduo revela, numa parte do corpo, veias de coloração azul, devido à fraca oxigenação dessa zona. Parece ser também uma expressão popular.

8 comentários:

Anónimo disse...

Toda esta história sobre o sangue azul, deixa-me a pensar se o nosso planeta quer insinuar que as suas origens não são, de modo nenhum, plebeias...

Anónimo disse...

O que aconteceu à versão, que me ensinaram na escola, que a expressão nasceu do facto de os nobres, por privilégio da sua condição, não precisarem de trabalhar, e daí não terem a pele tisnada (ao contrário dos camponeses, que trabalhavam de sol,a sol), o que acabou por ser um ideal de beleza. Assim, damas e cavalheiros, protegiam-se do sol, com uso de chapéus e sombrinhas, por isso a sua pele era de tal modo branca que as veias se notavam perfeitamente por baixo da pele. Como estas são azuis, assim nasce a crença de que os nobres tinham sangue azul!

PLANETAZUL disse...

Cara Plebeia Céptica essa é a versão rural de Sangue Azul...

Anónimo disse...

Obrigado pelo esclarecimento. É por essa (e por outras) que eu admiro os nelsons, perdão, os nobres.

PLANETAZUL disse...

Cara plebeia quando agradecer náo diga "obrigado" mas "obrigada" caso ainda saiba a que sexo petence...ou não ande para aí um problema mal (bem???)resolvido
(vamos continuar a brincadeira?...)
Eu vou continuar a assinar com o nome próprio!

Anónimo disse...

Caro Planeta, obrigadA pela correcção, tanto mais que sendo eu das letras, o erro é indesculpável! (Aproveito para lhe chamar a atenção que não é petence, mas, pertence).Quanto ao nome próprio, se se refere a Planetazul, eu sou a rainha de Inglaterra, perdão, a plebeia asséptica. Se se refere ao próprio, mesmo próprio, o meu nome é Borba, Cooperativa Borba.
E, sim, vamos continuar a brincadeira. São estas pequenas picardias que nos fazem bem à alma e nos tonificam a pele.

Ana C Marques disse...

Por isso estamos todas tão lindas, Cooperativa.

PLANETAZUL disse...

(continuando a brincadeira)
Se em Cascais o "pertence" é "petence" com mais razão será, se tiver sangue azul...
"Rainha de Inglaterra" é um óptimo nome, na minha azulada opinião, para um blogue, logo ...use e abuse dele cara colega.