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Olá Paulinha! Tá boa? A querida já viu "O Diabo Veste Prada"? Olhe rica, não perca de todo! É mesmo o filme à sua medida! Ele é moda, ele é vestidos, ele é glamour, ele é gente podre de rica, ele é futilidade, ele é sapatos giros, giros de morrer, ele é Valentino, ele é Versace ... Eu sei lá! Um mundo de banalidades que a vão deixar em extase e com uma pena enorme de não ser você a protagonista! Consigo a cena tinha outra finesse, outro encanto de saber estar! Por exemplo, é impensável correr daquela maneira desconchavada em cima de saltos tão finos e tão altos! Onde já se viu!!... Depois, a vida frenética das queridas é esgotante, valha-nos ao menos ser vazia de qualquer conteúdo! Caso contrário, quem é que aguentava! Tá a ver? Elas são famosas, elas têm dinheiro, elas têm glória, mas as queridas não têm maneiras! Falta-lhes aquele Chic que você domina tão bem! Vá lá, telefone ao David Frankel e ponha aquela gente nos devidos lugares! Tá a ver, eles são do povo, coitados! Veja a Meryl Streep, aquele monstro da arte de representar, que atira sistematicamente o casaco com a mão direita para cima da secretária da assistente. Como é possível desconhecer que arremessar com a esquerda de forma blasé e determinada, empresta ao gesto a força do poder e o domínio da glória! Não acha, Paulinha? Além de que assim é que é "bem"! Recomendo-lhe agora, Paulinha, um esforço suplementar. Tente perceber como aquela personagem má, vil, ditadora, armas que utiliza para esconder a sua enorme fragilidade, é magistralmente interpretada pela actriz e que é por ela (actriz/interpretação) que vale a pena ver o filme. Abstraia-se um pouco das roupas, da moda, do dinheiro e concentre-se na prestação da Miranda, nos valores que a jovem Andy acaba por escolher, no sistema de vida, no tipo de relações que envolvem e se envolvem naquele universo! Veja bem, reflicta e tire as suas conclusões. Só as suas, está bem? Depois diga-nos! Até breve, queridinha! Beijinhos.
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