05 abril 2007

CURSO BREVE DE MITOLOGIA (SUBSÍDIOS PARA A INAUGURAÇÃO DE UM BLOGUE DE CARIZ PEDAGÓGICO)

Na antiga mitologia eslavense, falava-se muito de um ser diabólico a quem chamavam, simplesmente, O DOMADOR. Sem mais.
Quando os deuses se dedicavam, no gynasium, ao seu desporto favorito, também conhecido por «cabeça-contra-a-parede», o domador aparecia por lá, fingia participar do jogo, dando vagamente um ou outro chuto na bola - às vezes, numa cabeça -, mas, basicamente, preparando-se para o momento seguinte, o do almoço, regado com o divino líquido de Reguengos de Monsaraz. Assim, com jogos e almoços (mais almoços do que jogos) ganhava forças para o seu trabalho, refazia energias para o seu duro labor...

Em que consistia esse labor? Arre, os leitores não estão atentos! Ele era O DOMADOR! Que mais poderia fazer um «domador»? Domava. Ora bolas! Domava turmas de pequenos demónios, criaturas hiperactivas, maléficas, enervantes. O que fazia, como o fazia, ninguém era capaz de explicar.
Qual o seu segredo, ignorava-se por completo.
Hipnotizava-os? Batia-lhes?
O certo é que o domador entrava, no seu passo lentíssimo, em salas infernais, de onde nos chegavam gritos e o calor das labaredas, fechava a porta, com um sorriso melífluo, maldoso e, passados segundos, tudo repousava numa tranquilidade e num silêncio absolutos....

Conta-se que, um dia, um miúdo curioso entreabriu a porta, durante uma sessão de «domagem». Tinha medo, claro, imenso medo, mas a curiosidade era mais forte. (Por isso lhe chamamos «miúdo curioso»).

E que viu? Os alunos, perdão!, os demoniozinhos, todos sentados, concentradíssimos, cada um diante de sua máquina de costura, onde o domador os entretinha ensinando-os a fazer bainhas.

Mas esse, era um segredo que não podia ser descoberto: por tal razão, o miúdo curioso pagou caro - transformou-se em pedra...

1 comentário:

Déjà Loin disse...

estrebucho pré-regresso às aulas?

Nunca tinha ouvido falar do Domador, estamos sempre a aprender :>.