17 abril 2007

PROJECTO UNIFORME

Não é meu hábito tornar públicas informações secretas, mas desta vez puxaram-me pela língua. Pois bem, agora que os bibes deixaram de ser segredo, posso agora expôr o verdadeiro projecto para os fardamentos do pessoal da eslav. O plano, cujo nome era Projecto Uniforme (assim chamado para ninguém desconfiar de nada) constava de criar (sim, criar!) soluções para resolver os problemas de identificação das funções de cada um nas suas funções.
Começamos por (tentar) organizar um grupo de trabalho e convidar os mais entendidos na matéria, mas como até hoje P.Thrombone não deu a cara, avançamos com os meios que tinhamos, que por acaso, eram os meus. Depois de afincados estudos, concluiu-se que a cor mais adequada à situação e às paredes da escola seria o cor-de-rosa, mas o cor-de-rosa-choque (aposto que a outra esboçou neste momento um enorme sorriso…) mas como o cor-de-rosa-choque não fica bem a qualquer um, decidiu-se dar a possibilidade de alguns poderem optar pelo azul, ou pelo cor-de-rosa-bébé, por ser mesmo uma questão de gosto pessoal. É aliás, para isso que servem as fardas. Está-se mesmo a ver o resultado...as meninas das comidas afiambraram-se às batinhas rosa e até os homens, que as queriam para eles, lerparam; vão, por isso mesmo, ter que andar com o uniforme que lhes der mais jeito; pode ser t-shirt de alças ou mesmo calcinha vermelha, é indiferente.
A questão mais difícil de resolver foi em relação ao tamanho. A ideia era usar um número único, uma bata que desse para todos. Isso resolvia alguns problemas, por exemplo, quando chove e a bata da dona Anémica não secou, sempre podia pedir emprestada a do Mr.Peter ou mesmo a da D.Coluna. Depois de diversas tentativas, descobriu-se que o mesmo número não servia a todos, mas não sem antes se terem tirado as medidas a todas as pessoas, numa tentativa de achar uma média. A título de curiosidade, revelo aqui o método mais eficaz para as obter; as medidas devem ser recolhidas com o corpo o mais despido possível, ou nessa impossibilidade, o corpo deve estar o menos vestido possível. Como estava frio, e apenas por isso, as medidas foram tiradas com as pessoas encasacadas e com a fita métrica de Alelex que é uma fita métrica metálica, enroladinha, que não tem as medidas standard (um milímetro naquela fita equivale a um centímetro nas outras fitas e isso é uma coisa que por vezes complica a vida, porque nem sempre consegue medir as distâncias). Assim sendo, lá se conseguiram encaixar as medidas nuns tamanhos aproximados, tendencialmente XL...
Outra ideia era a de cada bata ter um bordado no bolso, mas só o nome, nada de títulos. Apesar de o Fantasmadaopera ter insistentemente oferecido os seus préstimos para os bordar à máquina, a ideia teve de ser abandonada porque depois daquele dia azarado, o próprio se encarregou de fazer desaparecer a maldita máquina. Deve-se a ele, aliás, o atraso na execução deste projecto, que já devia estar no terreno por altura da páscoa, para condizer com as cores das amêndoas.
É por tudo isto que acabo de expôr que hoje em dia podemos ver umas meninas de bata azul e outras meninas de bata cor-de-rosa. Uma solução vanguardista, só possível numa escola arrojada como é a nossa.

1 comentário:

Déjà Loin disse...

ai, que ficam tão bÓnitas de rosinha :P.