Uma vez, o sargento Balicha disse-me: - Um homem a sério tem de ser bruto. E, de preferência, usar bigode. Mas se a brutice mais o bigode só por si chegassem, então a minha mulher era um homem a sério...
Eles são abrutalhados, sim. Mas isso não quer dizer nada, não sei se me entendem.
Já viram como todos os portugueses repararam na força com que eles berravam o hino nacional? É que, se pensarmos bem, foi o que fizeram de mais viril, porque, à parte isso, aquela coisa do rugby não me convenceu. Ora vejam:
Primeiro, pensamos que andam todos a correr atrás da bola achatada. Mas, logo a seguir, vemos que sempre que os tipos se amontoam em cima uns dos outros, já não querem saber da bola para nada, já nem se lembram de que existe tal coisa...
Bem, e o pior é que por tudo e por nada, aí vai disto, lá se põem outra vez todos ao monte.- Olha, agora está aqui este com a bola, zás, monte! - É pá, agora vou correr e vocês não me apanham, zás, monte! - Acho que perdi a minha lente de contacto, querem ajudar-me a procurá-la?, zás, monte! -Já viram que faz um frio de rachar aqui no campo?, zás, monte! É o que eu digo, tudo serve de pretexto para aqueles encontrões, aqueles aconcheganços, aqueles empernanços.
Porém, desde a magnífica prestação dos «Lobos» - porque não deixa de ser magnífica, à sua maneira, uma prestação que consegue 100% de derrotas -, a juventude portuguesa está mortinha por aderir ao rugby.Mau sinal.
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