Não sei se tem estado mau tempo, se é o clima de receio e suspeição que se abate sobre nós.
Rezo, eu que nunca foi crente, para a minha filha continuar sem dizer palavra que se perceba. Porque já a imagino, quando aprender, dizendo isto a um certo senhor:
FILHA DO SINDROMA - És o patrão do papá? Ele tá sempre a dizer mal de ti. Diz que... [é evidente que não vou escarrapachar aqui o que poderia figurar na minha futura acusação]
E depois temos tantas colegas cujos maridos têm posições importantes.
E temos tanta gente com orelhas tão grandes.
E há tanta gente que fala nas costas.
Aliás, no outro dia até disse, diante de umas quantas pessoas, que já não podia ouvir o nosso primeiro-ministro. Atenção, hein? O que eu queria realmente dizer, é que não «podia» ouvi-lo porque ando a ficar surdo. Eu bem quero, eu bem tento não perder uma das sábias palavras do nosso querido, nosso estimado primeiro-ministro, só que não consigo...! Quando tiver o sonotone a funcionar de novo, torno a «poder», sim? Não vão lá agora pensar que eu me estava a referir... hum?! Não, olhem que eu... hum?!
Voltámos sem pretensões. Com mais criações. E opiniões. O verdadeiro blogue sem borbulhas.
27 maio 2007
25 maio 2007
SIMPLESMENTE UMA DENÚNCIA
Ex. ma senhora dona ministra:
Venho por este meio apresentar uma queixa. Trata-se do senhor professor Nuno Nunes, que, embora não tenha dito absolutamente nada acerca da licenciatura do sr. Sócrates - por razões filosóficas: não é possível falar daquilo que não existe - nem tenha feito qualquer comentário à inteligência ou à eficácia da política de educação - pela mesma razão: não é possível falar daquilo que não existe... -, embora não fosse desagradável para ninguém e, aliás, nunca faça apartes jocosos, deverá, no entanto, ser alvo de um processo disciplinar - porque eu sei, de fonte seguríssima, que a sua mente fervilha de críticas, de inquietações, de planos para faltar às AAA, de troças, juntamente com fantasias de colegas suas em poses provocantes.
Ora eu sou de opinião que, se os que se exprimem devem ser exemplarmente punidos, como o sr. Charrua, os que não se exprimem são ainda mais perigosos, posto que o seu pensamento se torna uma espécie de permanente conspiração, uma espécie de contínuo trabalho clandestino.
Perguntar-me-á, minha senhora, se tenho a certeza das gravíssimas acusações que faço. Absolutamente! Basta olhar para a expressão do senhor Nuno Nunes. Para o brilho mortífero do seu olhar terrorista. Conheço-o de perto. Bem o tenho notado, sobretudo quando me vejo no espelho, logo pela manhã, a fazer a barba. É que o senhor Nuno Nunes, já agora, sou eu próprio.
Apreciaria, pois, que instaurassem o mais rapidamente possível um processo disciplinar a este destravado mental.
Esperando ser apreciado pelo meu fervor e pela minha coerência (se se trata de ser bufo, então há que sê-lo até às últimas consequências),
Dedicadamente,
Nuno Nunes
Venho por este meio apresentar uma queixa. Trata-se do senhor professor Nuno Nunes, que, embora não tenha dito absolutamente nada acerca da licenciatura do sr. Sócrates - por razões filosóficas: não é possível falar daquilo que não existe - nem tenha feito qualquer comentário à inteligência ou à eficácia da política de educação - pela mesma razão: não é possível falar daquilo que não existe... -, embora não fosse desagradável para ninguém e, aliás, nunca faça apartes jocosos, deverá, no entanto, ser alvo de um processo disciplinar - porque eu sei, de fonte seguríssima, que a sua mente fervilha de críticas, de inquietações, de planos para faltar às AAA, de troças, juntamente com fantasias de colegas suas em poses provocantes.
Ora eu sou de opinião que, se os que se exprimem devem ser exemplarmente punidos, como o sr. Charrua, os que não se exprimem são ainda mais perigosos, posto que o seu pensamento se torna uma espécie de permanente conspiração, uma espécie de contínuo trabalho clandestino.
Perguntar-me-á, minha senhora, se tenho a certeza das gravíssimas acusações que faço. Absolutamente! Basta olhar para a expressão do senhor Nuno Nunes. Para o brilho mortífero do seu olhar terrorista. Conheço-o de perto. Bem o tenho notado, sobretudo quando me vejo no espelho, logo pela manhã, a fazer a barba. É que o senhor Nuno Nunes, já agora, sou eu próprio.
Apreciaria, pois, que instaurassem o mais rapidamente possível um processo disciplinar a este destravado mental.
Esperando ser apreciado pelo meu fervor e pela minha coerência (se se trata de ser bufo, então há que sê-lo até às últimas consequências),
Dedicadamente,
Nuno Nunes
TITULAR, COMPETIÇÃO PARA
- Já sabes que o prazo para concorrer a titular está para breve?
- Se o Miccoli deixar de ser titular, tão cedo o Benfica não vai lá.
- Não metas a bola nisto. Só se for no próximo concurso, isto é, campeonato.
- Já tens o teu cartão? Viste se és o titular? Ou é temporário, sem nome?
- Às vezes, mais valia não ter nome, andar na escola incógnito. Título para quê?
- São uns fidalgos, estes que têm títulos.
- Têm a mania das nobrezas.
- Não tarda, começam todos a capitular.
- Não há quem aguente tanto título.
- Se o Miccoli deixar de ser titular, tão cedo o Benfica não vai lá.
- Não metas a bola nisto. Só se for no próximo concurso, isto é, campeonato.
- Já tens o teu cartão? Viste se és o titular? Ou é temporário, sem nome?
- Às vezes, mais valia não ter nome, andar na escola incógnito. Título para quê?
- São uns fidalgos, estes que têm títulos.
- Têm a mania das nobrezas.
- Não tarda, começam todos a capitular.
- Não há quem aguente tanto título.
24 maio 2007
UM MISTÉRIO COMO NUNCA SE VIU NADA ASSIM: EPISÓDIO DEZASSETE
Longe vai o tempo em que havia tempo para lançar buscas ao célebre carnet de madame. As buscas conduziram a uma singela folha, aparentemente arrancada às pressas. A própria madame já o substituiu, que sem assentamento as coisas não podem ficar, como vimos nas lições anteriores. Isto porque todos os dias chovem tantas novidades, que se não as anotarmos corremos o risco de nos esquecermos até de marcar férias. Há dias até em que se dizem coisas pela manhã que se contradizem à noite.
Está na cara que esta investigação não passou pelo filtro da judiciária portuguesa, não, a malta não ganha para pagar isso. Se assim fosse, não havia skynews que não estacionasse à porta da eslav. O parque de estacionamento estaria coberto de parabólicas e todos os dias tínhamos tido um porta-voz que nos traria informações fresquinhas em duas línguas, na nossa, comuns mortais lusos, e em inglês, língua internacional, a da própria madame.
Mas não, as buscas que se realizam na eslav são tímidas e agora são só à cata de pontos. Pontos e mais pontos. E fazem-se contas e mais contas, em mesas redondas, que andam sempre às voltas. Uma coisa como nunca se viu nada assim.
Foi por causa dos pontos que o sorriso voltou a ser largo na cara do fantasmadaopera, que levou meia dúzia de pontos no dedão do pé. Graças a isso, e só por isso, ei-lo titular. E é também por isso que se revelam alguns segredos bem guardados, a ver pela confissão do professor Barnabé.
É por estas e por outras que as investigações se arrastam. Também esta chave estará nas mãos do professor Arminho que, agora que já se viu livre dos vulcões, apenas tem que contornar a questão que incomoda tanto a dona Coluna, que é o barulho ensurdecedor que se faz na sala de professor e que a impede de pensar seja no que for, a ela e a alguém que seja.
Como por exemplo, quando uma pessoa está aflitinha e não pode ir à casa de banho que está avariada, porque alguém distraidamente deixou cair para lá a toalha turca das mãos, um batom de cieiro, um espantalho do ruralidades, o livro de ponto dum certo sétimo ano e o carimbo “Faltou”. Mas há sempre quem ccconsiga pensar numa sssolução admirável mesmo no meio daquela aaagitação e sugira “há mmuito mmato aí”.
Ora aí está uma coisa que ainda ninguém tinha pensado: terá sido o carnet o responsável entupidor de sanitas?
Está na cara que esta investigação não passou pelo filtro da judiciária portuguesa, não, a malta não ganha para pagar isso. Se assim fosse, não havia skynews que não estacionasse à porta da eslav. O parque de estacionamento estaria coberto de parabólicas e todos os dias tínhamos tido um porta-voz que nos traria informações fresquinhas em duas línguas, na nossa, comuns mortais lusos, e em inglês, língua internacional, a da própria madame.
Mas não, as buscas que se realizam na eslav são tímidas e agora são só à cata de pontos. Pontos e mais pontos. E fazem-se contas e mais contas, em mesas redondas, que andam sempre às voltas. Uma coisa como nunca se viu nada assim.
Foi por causa dos pontos que o sorriso voltou a ser largo na cara do fantasmadaopera, que levou meia dúzia de pontos no dedão do pé. Graças a isso, e só por isso, ei-lo titular. E é também por isso que se revelam alguns segredos bem guardados, a ver pela confissão do professor Barnabé.
É por estas e por outras que as investigações se arrastam. Também esta chave estará nas mãos do professor Arminho que, agora que já se viu livre dos vulcões, apenas tem que contornar a questão que incomoda tanto a dona Coluna, que é o barulho ensurdecedor que se faz na sala de professor e que a impede de pensar seja no que for, a ela e a alguém que seja.
Como por exemplo, quando uma pessoa está aflitinha e não pode ir à casa de banho que está avariada, porque alguém distraidamente deixou cair para lá a toalha turca das mãos, um batom de cieiro, um espantalho do ruralidades, o livro de ponto dum certo sétimo ano e o carimbo “Faltou”. Mas há sempre quem ccconsiga pensar numa sssolução admirável mesmo no meio daquela aaagitação e sugira “há mmuito mmato aí”.
Ora aí está uma coisa que ainda ninguém tinha pensado: terá sido o carnet o responsável entupidor de sanitas?
UM APONTAMENTO DO PROFESSOR BARNABÉ: AGORA É QUE SER PROFESSOR ESTÁ BOM
Eu não sei se estão de acordo comigo, mas aquele pedaço de tempo em que estamos na expectativa de mudança de escalão é um pedaço de tempo difícil, de muito trabalho e grande «stress».
Lá temos de fazer umas acções de formação sobre horticultura, ou sobre arranjos florais, ou sobre outras coisas que também não têm absolutamente nada que ver com a nossa disciplina ou com a nossa profissão, por exemplo: uns cursos abreviados de informática, como se não soubéssemos perfeitamente que, na nossa escola, é mais difícil encontrar um computador vivo do que um aluno chinês.
Mas não é só isso: para além das inúteis acções de formação, ainda temos de escrever um relatório que é uma espécie de romance de ficção científica: eu bem puxo pela imaginação para tentar inventar que sou um professor excelente, que as turmas gostam imenso de mim, que sem a minha presença a escola ruía...
Estou, portanto, muito mais calmo por ter confirmado hoje que não mudo tão cedo. Congelado é que estou bem. Pode ser que, a manter-me assim tão congelado, não tenha sequer de ir dar aulas. (Que eu saiba, pelo menos na arca da minha casa, os congelados não dão aulas...). Até 2009, descanso absoluto! (E mesmo assim, ainda há quem venha dizer que o ministério não se preocupa com o bem-estar dos professores... Há gente muito ingrata!)
Por outro lado, esta história do professor-titular, vem animar a malta. Parece um jogo. Sempre o disse. E, pelo que vi (não percebi muito bem mas vi), ter estado a fazer umas coisas em Moçambique - ou estar lá a fazê-las... - dá alguns pontos. Por que não se estende o brinde aos que trabalharam em Angola ou na Guiné, não sei, mas que os de Moçambique ganham alguma coisa, isso posso afiançar-vos...
Esta última referência passava bem por uma graçola minha, mas não é, porque:
a) Não me atrevo a dizer graças, não me aconteça a mim o mesmo que ao professor Charrua.
b) Era preciso uma dose de imaginação que de todo me falta, para me lembrar de uma graça tão despropositada.
Não. Vão ver com os vossos olhos: isto é verídico, é exacto.
Ora como eu nasci de Moçambique, tenho alguma esperança de que o facto me forneça uma bolsa confortável de pontos. Como as coisas mudam. Na altura, chamavam-me «retornado», «monhé» e coisas desse género; evitavam-me, que eu bem o percebia. Nem sequer as testemunhas de Jeová me convidavam para as festas de anos dos seus filhos. Agora, de repente, dão-me pontos. Antes assim!
Lá temos de fazer umas acções de formação sobre horticultura, ou sobre arranjos florais, ou sobre outras coisas que também não têm absolutamente nada que ver com a nossa disciplina ou com a nossa profissão, por exemplo: uns cursos abreviados de informática, como se não soubéssemos perfeitamente que, na nossa escola, é mais difícil encontrar um computador vivo do que um aluno chinês.
Mas não é só isso: para além das inúteis acções de formação, ainda temos de escrever um relatório que é uma espécie de romance de ficção científica: eu bem puxo pela imaginação para tentar inventar que sou um professor excelente, que as turmas gostam imenso de mim, que sem a minha presença a escola ruía...
Estou, portanto, muito mais calmo por ter confirmado hoje que não mudo tão cedo. Congelado é que estou bem. Pode ser que, a manter-me assim tão congelado, não tenha sequer de ir dar aulas. (Que eu saiba, pelo menos na arca da minha casa, os congelados não dão aulas...). Até 2009, descanso absoluto! (E mesmo assim, ainda há quem venha dizer que o ministério não se preocupa com o bem-estar dos professores... Há gente muito ingrata!)
Por outro lado, esta história do professor-titular, vem animar a malta. Parece um jogo. Sempre o disse. E, pelo que vi (não percebi muito bem mas vi), ter estado a fazer umas coisas em Moçambique - ou estar lá a fazê-las... - dá alguns pontos. Por que não se estende o brinde aos que trabalharam em Angola ou na Guiné, não sei, mas que os de Moçambique ganham alguma coisa, isso posso afiançar-vos...
Esta última referência passava bem por uma graçola minha, mas não é, porque:
a) Não me atrevo a dizer graças, não me aconteça a mim o mesmo que ao professor Charrua.
b) Era preciso uma dose de imaginação que de todo me falta, para me lembrar de uma graça tão despropositada.
Não. Vão ver com os vossos olhos: isto é verídico, é exacto.
Ora como eu nasci de Moçambique, tenho alguma esperança de que o facto me forneça uma bolsa confortável de pontos. Como as coisas mudam. Na altura, chamavam-me «retornado», «monhé» e coisas desse género; evitavam-me, que eu bem o percebia. Nem sequer as testemunhas de Jeová me convidavam para as festas de anos dos seus filhos. Agora, de repente, dão-me pontos. Antes assim!
EM QUE PAÍS VIVEMOS NÓS?!
Ex.ma senhora ministra:
Não se tem falado, ultimamente, senão do processo disciplinar de que foi vítima um senhor professor, adstrito ao ministério vai para dezanove anos, só porque o caçaram a dizer uma graçola acerca da licenciatura do primeiro-ministro. Não estou em mim! Sinto-me indignado. Mas em que raio de país é que nós vivemos? Como é possível chegar-se a isto? Então este senhor trabalha há dezanove anos, repito, dezanove anos no ministério que Vossa Excelência actualmente dirige, é um fulano com a mania que tem piada, que gosta da má-língua, e nunca, veja-se bem, nunca ninguém o denunciou antes? Não foram capazes de reparar, em DEZANOVE ANOS, que este senhor já tinha com certeza dito outras piadas, achincalhado outros ministros, espalhado as suas ideias pelos corredores do serviço que generosamente o acolhe? Um país sem um sistema de vigilância e denúncia mais treinado, mais oleado, torna-se um país fracote!
P.S.: Esta carta não tem outra intenção que não exprimir a minha indignação contra os bufos. É que são bufos de trazer por casa, não valem nada. Já não há brio, caramba! (Segue carta, mais longa, em que aproveito para fazer queixas de uns colegas que eu cá sei, os quais têm andado a rir de coisas indevidas). E, já agora, aproveito, minha senhora, para me disponibilizar para a função que fica vaga.
Sem outro assunto,
Gaspar Olhovivo, um seu criado
Não se tem falado, ultimamente, senão do processo disciplinar de que foi vítima um senhor professor, adstrito ao ministério vai para dezanove anos, só porque o caçaram a dizer uma graçola acerca da licenciatura do primeiro-ministro. Não estou em mim! Sinto-me indignado. Mas em que raio de país é que nós vivemos? Como é possível chegar-se a isto? Então este senhor trabalha há dezanove anos, repito, dezanove anos no ministério que Vossa Excelência actualmente dirige, é um fulano com a mania que tem piada, que gosta da má-língua, e nunca, veja-se bem, nunca ninguém o denunciou antes? Não foram capazes de reparar, em DEZANOVE ANOS, que este senhor já tinha com certeza dito outras piadas, achincalhado outros ministros, espalhado as suas ideias pelos corredores do serviço que generosamente o acolhe? Um país sem um sistema de vigilância e denúncia mais treinado, mais oleado, torna-se um país fracote!
P.S.: Esta carta não tem outra intenção que não exprimir a minha indignação contra os bufos. É que são bufos de trazer por casa, não valem nada. Já não há brio, caramba! (Segue carta, mais longa, em que aproveito para fazer queixas de uns colegas que eu cá sei, os quais têm andado a rir de coisas indevidas). E, já agora, aproveito, minha senhora, para me disponibilizar para a função que fica vaga.
Sem outro assunto,
Gaspar Olhovivo, um seu criado
22 maio 2007
REPORTER ZAROLHA NO ENCALÇO DOS PRESIDENTES
Apanhados à saída do encontro com o ministério que se realizou ontem à tarde, os distintos presidentes manifestaram a sua opinião acerca da nova vida que aguarda os professores e que lhes é anunciada por mensagens altamente apelativas, do género:
Arminho, Presidente
Ufa! Nunca mais cá chegava… A reunião já começou? Também já tenho um avatar. É a primeira coisa a fazer neste jogo. Queria ser o primeiro, sabe como é...
MAS COMO VAI, AFINAL, DECORRER A NOMEAÇÃO PARA PROFESSOR TITULAR?
Aninha Vice, Presidenta
Passe pelo meu gabinete e olhe para as secretárias. A que tiver mais papéis é a minha. Acha que eu tenho tempo para estar aqui a responder a perguntas parvas, sobre uma realidade que não existe? Ou uma virtualidade que existe? Olhe, já não sei...
Aninha Vice, Presidenta
Passe pelo meu gabinete e olhe para as secretárias. A que tiver mais papéis é a minha. Acha que eu tenho tempo para estar aqui a responder a perguntas parvas, sobre uma realidade que não existe? Ou uma virtualidade que existe? Olhe, já não sei...
Luquinha, Presidente
Nunca gostei nada de computadores, telemóveis e isso. Aderi a esta promoção porque ouvi dizer que se podem trocar pontos por chamadas grátis. Mas já tenho um avatar.
Nunca gostei nada de computadores, telemóveis e isso. Aderi a esta promoção porque ouvi dizer que se podem trocar pontos por chamadas grátis. Mas já tenho um avatar.
Rutinha Presidenta:
Olhe, então vai ser assim: cada professor tem que criar um avatar e definir um perfil. Depois inscreve-se no jogo, mas antes tem que pagar uma taxa. Convém saber muito bem ao que vai e escolher uma vida que lhes permita serem felizes.
Olhe, então vai ser assim: cada professor tem que criar um avatar e definir um perfil. Depois inscreve-se no jogo, mas antes tem que pagar uma taxa. Convém saber muito bem ao que vai e escolher uma vida que lhes permita serem felizes.
Carlinhos Vice, Presidente
Plataformas é comigo. Depois da Moodle, o SecondLife é uma brincadeira. Estamos a pensar fazer uma formaçãozita na escola, nos processadores hardcore, do mais avançado que há. Foi o Alelex que deu a ideia.
Plataformas é comigo. Depois da Moodle, o SecondLife é uma brincadeira. Estamos a pensar fazer uma formaçãozita na escola, nos processadores hardcore, do mais avançado que há. Foi o Alelex que deu a ideia.
Arminho, Presidente
Ufa! Nunca mais cá chegava… A reunião já começou? Também já tenho um avatar. É a primeira coisa a fazer neste jogo. Queria ser o primeiro, sabe como é...
Já tenho um avatar e já criei a minha nova vida e fiz isso tudo enquanto fumava um dos meus últimos cigarritos na escola. Mas eu já mal tenho tempo para a minha fist life, quanto mais para a second.
20 maio 2007
CONTRIBUINDO PARA A VERTENTE INFORMATIVA DO BLOGUE
O Ministério da Educação anunciou que vai reforçar a carga horária de várias disciplinas do ensino secundário já a partir do próximo ano lectivo, para aumentar as vertentes prática e experimental dos cursos científico-humanísticos.
Em comunicado, o ministério salienta que este reforço "visa uma maior eficiência na formação científica dos alunos e a clarificação e simplificação curricular nos cursos de Ciências e Tecnologias, Ciências Socioeconómicas e Artes Visuais". A partir do ano lectivo de 2007/08 será criado o curso de Línguas e Humanidades, por junção dos de Ciências Humanas e Sociais e de Línguas e Literaturas. As novas matrizes dos currículos destes cursos, que o ministério irá aprovar através de um decreto-lei, surgem depois de um conjunto de recomendações feitas pelo Grupo de Avaliação e Acompanhamento da Implementação da Reforma do Ensino Secundário (GAAIRES) (até parece que há mão do Alelex nisto...). O relatório, divulgado no final de Fevereiro, sugeria o aumento da carga horária naqueles cursos em um tempo lectivo semanal de 90 minutos, recomendação associada à extinção da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação enquanto obrigatória no 10º ano. "Reforça-se também a carga horária em várias disciplinas para viabilizar as respectivas componentes prática e experimental", limita-se a anunciar o ministério, em comunicado, sem indicar de que disciplinas se trata.
(fonte: Público de 15/5/2007)
Em comunicado, o ministério salienta que este reforço "visa uma maior eficiência na formação científica dos alunos e a clarificação e simplificação curricular nos cursos de Ciências e Tecnologias, Ciências Socioeconómicas e Artes Visuais". A partir do ano lectivo de 2007/08 será criado o curso de Línguas e Humanidades, por junção dos de Ciências Humanas e Sociais e de Línguas e Literaturas. As novas matrizes dos currículos destes cursos, que o ministério irá aprovar através de um decreto-lei, surgem depois de um conjunto de recomendações feitas pelo Grupo de Avaliação e Acompanhamento da Implementação da Reforma do Ensino Secundário (GAAIRES) (até parece que há mão do Alelex nisto...). O relatório, divulgado no final de Fevereiro, sugeria o aumento da carga horária naqueles cursos em um tempo lectivo semanal de 90 minutos, recomendação associada à extinção da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação enquanto obrigatória no 10º ano. "Reforça-se também a carga horária em várias disciplinas para viabilizar as respectivas componentes prática e experimental", limita-se a anunciar o ministério, em comunicado, sem indicar de que disciplinas se trata.
(fonte: Público de 15/5/2007)
18 maio 2007
CURTAS
A DGIDC lançou a iniciativa "Atribuição de Equipamentos Tecnológicos para o Enriquecimento do Ensino e da Aprendizagem". A listagem dos equipamentos é descrita em vários MENUS alternativos, aos quais as escolas se devem candidatar. Na última reunião de departamento foi decidido que a escola deve adquirir o MENU B, mas com batata média e coca-cola média.
Há projectos e projectos. O nosso repórter investigou um certo e determinado projecto numa certa e determinada escola, que visava a melhoria da apresentação das instalações escolares. Houve um pavilhão que foi pintado por dentro num pacífico tom de branco. Depois utilizaram-se os pincéis para atirar à parede tinta preta. Algumas pessoas pensaram muito inocentemente que ali teria decorrido um jogo de paintball a preto e branco. Outras mais mal intencionadas resolveram chamar ao projecto "A Cagada". Foi sabido que o funcionário responsável pela limpeza ficou muito agradado: "Nunca mais vou precisar de limpar as escadas, agora parecem sempre sujas." - terá dito.
As eleições para a associação de estudantes são sempre um acontecimento em qualquer escola. A provar que os nossos alunos estão sempre atentos à vida política nacional, uma lista concorrente à associação resolveu fazer uma campanha-género-valentim-loureiro: "Votem em nós, que oferecemos bolos grátis e imprimimos fotografias na hora."
EVENTOS E MAIS EVENTOS
A eslav é um poço de eventos. Neste mês de maio, talvez por obra e graça de nossa senhora, já que estamos no mês dela, eles multiplicam-se. E quem teve ideia deste último, está de parabéns! Quero no entanto, dizer que a ideia não é original. Não vão os colegas de educação física que estão imparáveis e bufam desalmadamente, pensar que a ideia é deles, não senhor. Quantas vezes já me ouviram dizer: "com tantas horas que passamos na escola, o melhor eram montar aqui um acampamento"? Eu sou uma pessoa muito habituada a acampar. Nas férias grandes, costumo acampar ali para os lados do Malhão, num parque de campismo especial de corrida, para os senhores militares, é inacreditável.
Finalmente deram-me ouvidos e montaram uma tenda de campismo mesmo à porta da sala de professores.
Eu deixo aqui um anúncio ao mulherio da escola: estou disponível para partilhar a tenda!
Finalmente deram-me ouvidos e montaram uma tenda de campismo mesmo à porta da sala de professores.
Eu deixo aqui um anúncio ao mulherio da escola: estou disponível para partilhar a tenda!
16 maio 2007
RIR COM OS DENTES TODOS
- Já saiu a Crítica…
- Eu sei, fartei-me de rir.
- Há na escola mais adeptos do sorriso do que eu pensava.
- Pois, mas também há cada carranca…
- É uma minoria. Há um núcleo que se ri com os alunos e lhes acha graça. Outro que se ri dos professores mesmo quando não lhes acham graça nenhuma.
- Ah! Esses são os que são capazes de se rir até deles próprios. Estão sempre a rir, às vezes parecem parvos.
- E tu, ris de quê? Não disse piada nenhuma.
- Eu??? Ah! Os meus dentes novos atraiçoam-me…mal consigo fechar a boca.
- Custaram-te os olhos da cara. Isso até um ceguinho vê…
- Eu sei, fartei-me de rir.
- Há na escola mais adeptos do sorriso do que eu pensava.
- Pois, mas também há cada carranca…
- É uma minoria. Há um núcleo que se ri com os alunos e lhes acha graça. Outro que se ri dos professores mesmo quando não lhes acham graça nenhuma.
- Ah! Esses são os que são capazes de se rir até deles próprios. Estão sempre a rir, às vezes parecem parvos.
- E tu, ris de quê? Não disse piada nenhuma.
- Eu??? Ah! Os meus dentes novos atraiçoam-me…mal consigo fechar a boca.
- Custaram-te os olhos da cara. Isso até um ceguinho vê…
FANTASMADAOPERA FAZ RIR OS MORTOS
Não pensem que o «fantasmadaopera», lá porque tem esse nome, é mesmo um fantasma fantasma. Já o viram? Trata-se de um ser demasiado carnal para poder ser espírito. Tanta carne, aliás, nem deixa espaço para espírito absolutamente nenhum.
E, no entanto, o seu nome não foi escolhido em vão. Chamam-no assim por causa, precisamente, da sua convivência com o mundo dos espíritos. Por causa do seu dom.
Ah, não sabiam que ele tinha um dom? Sim, não parece, mas tem um. Comunica com as almas do Além.
Executa até um número fabuloso, perfeitamente ao nível das habilidades cavalares do batalhão de GNR, e que funciona assim:
FANTASMADAOPERA - Estou a ouvir qualquer coisa, estou a ouvir qualquer coisa. É naquela zona. Alguém que quer comunicar com aquele senhor de casaco de bombazina e de barba de três dias. É acerca de... como? «Escada»?! Sim. O espírito fala-me em escadas. Faz alguma ideia daquilo a que ele se refere?
SENHOR BOMBAZINA - Nenhuma, nenhuma!
FANTASMADAOPERA - Ah, mas pense um bocadinho, que diacho! O senhor subiu hoje alguma escada? Desceu alguma escada?
SENHOR BOMBAZINA - Não.
FANTASMADAOPERA - Bem, se calhar não era «escada». E «banana»? Parece-me ouvi-lo a dizer «banana». O senhor gosta de bananas, não é verdade?
SENHOR BOMBAZINA - Não posso com bananas. Detesto bananas.
FANTASMADAOPERA - Exactamente! Isto não falha! Portanto, o senhor detesta bananas, era o que eu dizia...
SENHOR BOMBAZINA - Mas, afinal, quem é que está a tentar falar comigo? De escadas e de bananas? Tento comunicar com o mundo dos espíritos, e eles falam-me de escadas e de bananas? Para isso bastava-me manter uma conversa com o Pochato.
FANTASMADAOPERA - Quem está aqui é um tio-avô. Diga «olá» ao seu tio-avô.
SENHOR BOMBAZINA - Mas eu nunca tive tios-avós. Nunca.
FANTASMADAOPERA - Ah, sim, percebo agora melhor.O que ele me disse foi, precisamente: «Não sou o tio-avô dele, hein? Não se ponham agora a pensar que eu sou algum tio-avô»...
SENHOR BOMBAZINA - Mas afinal, quem é?
FANTASMADAOPERA - Bzzzz, brrrr, tch, tch... hum, neste momento a comunicação tornou-se difícil, julgo que... como...? zzzzzzz... está cansado? O espírito está cansado. Vai repousar. Mas já apanhei outro na linha.
SENHOR BOMBAZINA - Para mim???
FANTASMADAOPERA - Não, não. Eu sou realmente excepcional. Ele diz-me que... quer falar com... vejam como isto funciona... um senhor que possui uma mariconera... eu não sei nada, não vos vi entrar, isto é tudo espiritual, é um dom... sinto o espírito a apontar para o Pochato?
SENHOR BOMBAZINA - Isso seria difícil. O Pochato hoje não veio.
FANTASMADAOPERA (envergonhado) - Não? Curioso! Juraria que... bem, por hoje estou cansado. Se os espíritos se cansam, eu então... sobretudo desde que apanhei com a máquina, nunca mais fui o mesmo. Bem, então adeus. Não se esqueçam de deixar o dinheiro à saída.
E assim, o fantasmadaopera compensa o seu magro ordenado de professor. O número é um sucesso. Tem feito rir muita gente!
E, no entanto, o seu nome não foi escolhido em vão. Chamam-no assim por causa, precisamente, da sua convivência com o mundo dos espíritos. Por causa do seu dom.
Ah, não sabiam que ele tinha um dom? Sim, não parece, mas tem um. Comunica com as almas do Além.
Executa até um número fabuloso, perfeitamente ao nível das habilidades cavalares do batalhão de GNR, e que funciona assim:
FANTASMADAOPERA - Estou a ouvir qualquer coisa, estou a ouvir qualquer coisa. É naquela zona. Alguém que quer comunicar com aquele senhor de casaco de bombazina e de barba de três dias. É acerca de... como? «Escada»?! Sim. O espírito fala-me em escadas. Faz alguma ideia daquilo a que ele se refere?
SENHOR BOMBAZINA - Nenhuma, nenhuma!
FANTASMADAOPERA - Ah, mas pense um bocadinho, que diacho! O senhor subiu hoje alguma escada? Desceu alguma escada?
SENHOR BOMBAZINA - Não.
FANTASMADAOPERA - Bem, se calhar não era «escada». E «banana»? Parece-me ouvi-lo a dizer «banana». O senhor gosta de bananas, não é verdade?
SENHOR BOMBAZINA - Não posso com bananas. Detesto bananas.
FANTASMADAOPERA - Exactamente! Isto não falha! Portanto, o senhor detesta bananas, era o que eu dizia...
SENHOR BOMBAZINA - Mas, afinal, quem é que está a tentar falar comigo? De escadas e de bananas? Tento comunicar com o mundo dos espíritos, e eles falam-me de escadas e de bananas? Para isso bastava-me manter uma conversa com o Pochato.
FANTASMADAOPERA - Quem está aqui é um tio-avô. Diga «olá» ao seu tio-avô.
SENHOR BOMBAZINA - Mas eu nunca tive tios-avós. Nunca.
FANTASMADAOPERA - Ah, sim, percebo agora melhor.O que ele me disse foi, precisamente: «Não sou o tio-avô dele, hein? Não se ponham agora a pensar que eu sou algum tio-avô»...
SENHOR BOMBAZINA - Mas afinal, quem é?
FANTASMADAOPERA - Bzzzz, brrrr, tch, tch... hum, neste momento a comunicação tornou-se difícil, julgo que... como...? zzzzzzz... está cansado? O espírito está cansado. Vai repousar. Mas já apanhei outro na linha.
SENHOR BOMBAZINA - Para mim???
FANTASMADAOPERA - Não, não. Eu sou realmente excepcional. Ele diz-me que... quer falar com... vejam como isto funciona... um senhor que possui uma mariconera... eu não sei nada, não vos vi entrar, isto é tudo espiritual, é um dom... sinto o espírito a apontar para o Pochato?
SENHOR BOMBAZINA - Isso seria difícil. O Pochato hoje não veio.
FANTASMADAOPERA (envergonhado) - Não? Curioso! Juraria que... bem, por hoje estou cansado. Se os espíritos se cansam, eu então... sobretudo desde que apanhei com a máquina, nunca mais fui o mesmo. Bem, então adeus. Não se esqueçam de deixar o dinheiro à saída.
E assim, o fantasmadaopera compensa o seu magro ordenado de professor. O número é um sucesso. Tem feito rir muita gente!
15 maio 2007
O REGRESSO DE JUSTO FIXOLA, PROFESSOR À MANEIRA
Lembram-se de mim? Sim, sim, Justo Fixola, o professor moderno, moderníssimo até, que tem marcado a diferença nesta bela eslav.
O meu objectivo foi, se bem se lembram - e continua a ser -, tornar-me um professor-exactamente-como-os-alunos. Sei perfeitamente que a miudagem me aceita melhor se eu for «um da malta». O meu último progresso nesse capítulo consistiu em ter aderido às calças que escorregam-sem-cair, e me deixam as cuecas à mostra. Estou orgulhoso! As minhas cuecas são - outra inovação - umas boxers com teias-de-aranha estampadas.
Por incrível que pareça, se os miúdos me aceitam bem, quem não me aceita é o Conselho Executivo. Já lhes respondi: «Qual é o mal de mostrar teias-de-aranha nas boxers? Antes teias-de-aranha nas boxers do que teias-de-aranha nas cabeças, que já percebi que é o que vocês têm...»
Também gosto muito das funcionárias, que me fazem sentir completamente integrado. Dão-me carolos e pontapés, socos na boca do estômago e caneladas, tomando-me por um aluno. É sinal de que o meu papel de professor-exactamente-como-os-alunos tem sido um sucesso.
Mas não pensem que me esqueço da dimensão pedagógica. É para mim importantíssimo, aliás, conseguir que os alunos tomem consciência da escola como lugar fundamental para a sua vida. Nos tempos que correm, onde mais poderiam fumar sem ser incomodados - desde, claro, que não sejam professores... -, ou onde arranjariam lugares para namorar, ou onde encontrariam tantos espectáculos a que podem assistir gratuitamente?
Por falar em espectáculos, no outro dia houve ao pé do ginásio um lindo número de habilidades cavalares, executadas por um grupo da GNR.
Por mim, aprecio muito essas habilidades, até porque sei quão difícil é treinar e ensinar tanta coisa, não digo aos cavalos, que são animais espertos e com uns torrões de açúcar vão lá, mas aos senhores soldados da GNR propriamente ditos.
Foi, de resto, um espectáculo tão lindo, que não me arrependo de ter trazido nesse dia a minha namorada à escola.
Só tive pena daquele pequeno incidente: quando passávamos os dois pela traseira de um dos cavalos, este soltou um tremendo e sonoro gás. Foi um tanto embaraçoso. Fiquei envergonhadíssimo. Nem descansei enquanto não disse à Fofinha:
- Olha, desculpa isto!
E ela:
- Oh, não faz mal, não faz mal; olha, se não tivesses dito nada, até ficava a pensar que tinha sido o cavalo...
O meu objectivo foi, se bem se lembram - e continua a ser -, tornar-me um professor-exactamente-como-os-alunos. Sei perfeitamente que a miudagem me aceita melhor se eu for «um da malta». O meu último progresso nesse capítulo consistiu em ter aderido às calças que escorregam-sem-cair, e me deixam as cuecas à mostra. Estou orgulhoso! As minhas cuecas são - outra inovação - umas boxers com teias-de-aranha estampadas.
Por incrível que pareça, se os miúdos me aceitam bem, quem não me aceita é o Conselho Executivo. Já lhes respondi: «Qual é o mal de mostrar teias-de-aranha nas boxers? Antes teias-de-aranha nas boxers do que teias-de-aranha nas cabeças, que já percebi que é o que vocês têm...»
Também gosto muito das funcionárias, que me fazem sentir completamente integrado. Dão-me carolos e pontapés, socos na boca do estômago e caneladas, tomando-me por um aluno. É sinal de que o meu papel de professor-exactamente-como-os-alunos tem sido um sucesso.
Mas não pensem que me esqueço da dimensão pedagógica. É para mim importantíssimo, aliás, conseguir que os alunos tomem consciência da escola como lugar fundamental para a sua vida. Nos tempos que correm, onde mais poderiam fumar sem ser incomodados - desde, claro, que não sejam professores... -, ou onde arranjariam lugares para namorar, ou onde encontrariam tantos espectáculos a que podem assistir gratuitamente?
Por falar em espectáculos, no outro dia houve ao pé do ginásio um lindo número de habilidades cavalares, executadas por um grupo da GNR.
Por mim, aprecio muito essas habilidades, até porque sei quão difícil é treinar e ensinar tanta coisa, não digo aos cavalos, que são animais espertos e com uns torrões de açúcar vão lá, mas aos senhores soldados da GNR propriamente ditos.
Foi, de resto, um espectáculo tão lindo, que não me arrependo de ter trazido nesse dia a minha namorada à escola.
Só tive pena daquele pequeno incidente: quando passávamos os dois pela traseira de um dos cavalos, este soltou um tremendo e sonoro gás. Foi um tanto embaraçoso. Fiquei envergonhadíssimo. Nem descansei enquanto não disse à Fofinha:
- Olha, desculpa isto!
E ela:
- Oh, não faz mal, não faz mal; olha, se não tivesses dito nada, até ficava a pensar que tinha sido o cavalo...
14 maio 2007
CASAS DE BANHO
O tema das casas de banho é apaixonante. No outro dia, por exemplo, num restaurante onde me batia com uma bela alheira, resolvi ir ao wc. Foi aí que percebi como é difícil conseguir ligar a luz de uma casa de banho de restaurante, o que às vezes, é uma verdadeira aventura. Eu bem experimento interruptores, mas o que me acontece geralmente é apagar a luz na cozinha, ou, então, apagar a da casa de banho das senhoras, de onde vem logo um guincho estridente. Acabo por entrar às escuras. Dessa vez, decidi deixar a porta entreaberta, porque estar no mictório às escuras é realmente muito chato! Mas as pessoas parece que se punham a espreitar... Aquilo foi um desassossego! Noutras casas de banho, não sei se já experimentaram disso, o que sucede é as luzes ligarem-se sozinhas, mal um tipo entra. Também não gosto, faz-me sentir que não posso decidir ao menos uma coisa tão simples como, bem, ligar a porcaria de um interruptor... E depois penso se aquilo será mesmo automático, ou não estará por ali alguém a espreitar...
Algumas colegas que, obviamente, não me conhecem bem, pensam que eu sou um tipo bronco, desses que só querem saber do seu bem-estar e não se interessam pela escola; pensam elas que eu nunca me envolveria num projecto, nunca faria uma proposta, nada que me obrigasse a tirar o rabo do sofá. É um engano. Preocupo-me com as condições da escola, sim senhor. E tenho andado a imaginar alterações. No fundo, sou um gajo dinâmico. A primeira alteração que eu gostava de propor, diz respeito, precisamente, às casas de banho. (Julgavam que tinha mudado de assunto, não?). Gasta-se ali tanto espaço, e tem de haver toalhas para a casinha das mulheres e toalhas para a dos homens, e papel para um e para outro lado, e mata-moscas a duplicar, e dispersa-se tanto esforço... Por que não uma casa de banho mista? Enfim, é uma proposta para economizar, só para economizar, a escola não pode andar a gastar tanto, é tudo a duplicar...
Pensem nisso. Fica, como se costuma dizer, à consideração de quem de direito.
Algumas colegas que, obviamente, não me conhecem bem, pensam que eu sou um tipo bronco, desses que só querem saber do seu bem-estar e não se interessam pela escola; pensam elas que eu nunca me envolveria num projecto, nunca faria uma proposta, nada que me obrigasse a tirar o rabo do sofá. É um engano. Preocupo-me com as condições da escola, sim senhor. E tenho andado a imaginar alterações. No fundo, sou um gajo dinâmico. A primeira alteração que eu gostava de propor, diz respeito, precisamente, às casas de banho. (Julgavam que tinha mudado de assunto, não?). Gasta-se ali tanto espaço, e tem de haver toalhas para a casinha das mulheres e toalhas para a dos homens, e papel para um e para outro lado, e mata-moscas a duplicar, e dispersa-se tanto esforço... Por que não uma casa de banho mista? Enfim, é uma proposta para economizar, só para economizar, a escola não pode andar a gastar tanto, é tudo a duplicar...
Pensem nisso. Fica, como se costuma dizer, à consideração de quem de direito.
11 maio 2007
UM MISTÉRIO COMO NUNCA SE VIU NADA ASSIM: EPISÓDIO DEZASSETE
Sensacionais revelações!!!!
Arminho anda nas nuvens. (É certo que ele sempre andou mas nuvens, mas o que quero dizer é que está entusiamadíssimo com uma grande descoberta). Uma folha do «carnet» de Madame. Alguém se dirigia à casa de banho com ela nas mãos, quando o Detective Arminho Migalhões, sempre penetrante, perguntou: «Que é isso?», ao que o aflito lhe respondeu «Estava para aí! Levo esta folhinha porque a dona Coluna não tem posto papel na casa de banho, diz ela que aquilo está cheio de mosquitos e que, enquanto assim for, não torna a entrar para fazer limpeza...», ao que Arminho ordenou: «Dá cá isso!» e o aflito respondeu: «Eh, pá, então desenrasca-me outra folha qualquer, rápido, chega-me aí esse despacho do ministério...»
A dita folha era, nem mais nem menos, do que uma folha arrancada ao desaparecido carnet. Arminho saltou-lhe em cima, de lupa em punho. «O caso está quase resolvido, deve haver impressões digitais e tudo...»
Entretanto, o blogue reproduz, na íntegra, a página frontal da dita folha. Verão que é realmente muito frontal:
«Hoje chegaram quase todos a horas. A PS atrasou-se um minutinho. O pior foi o ZT, que chegou às quatro e um quarto (a reunião é às quatro e dez). Puxar-lhe as orelhas. FG mostra fotografias no portátil. Alunos num acampamento, com ela e com R e com MJM. (ZT adormeceu. Puxar-lhe as orelhas). N pergunta se ainda faltam muitas fotografias. ZT ronca. Puxar-lhe as orelhas. FG ri-se sobretudo das fotografias com acidentes. Mostra um aluno a afogar-se. Diz que foi muito engraçado. Um aluno a fazer tiro ao alvo sobre outro aluno. Que foi muito divertido. ZT baba-se, dizendo coisas incompreensíveis no seu sono. Puxar-lhe as orelhas.»
Trata-se, pelos vistos, da descrição exaustiva de uma reunião. O criminoso pode ser uma das pessoas cujo nome se esconde sob as iniciais. Mas quem serão eles...?
«Cheira-me a esturro...», diz Arminho.
Ouve-se, na casa de banho, o ex-aflito puxar o autoclismo.
Arminho anda nas nuvens. (É certo que ele sempre andou mas nuvens, mas o que quero dizer é que está entusiamadíssimo com uma grande descoberta). Uma folha do «carnet» de Madame. Alguém se dirigia à casa de banho com ela nas mãos, quando o Detective Arminho Migalhões, sempre penetrante, perguntou: «Que é isso?», ao que o aflito lhe respondeu «Estava para aí! Levo esta folhinha porque a dona Coluna não tem posto papel na casa de banho, diz ela que aquilo está cheio de mosquitos e que, enquanto assim for, não torna a entrar para fazer limpeza...», ao que Arminho ordenou: «Dá cá isso!» e o aflito respondeu: «Eh, pá, então desenrasca-me outra folha qualquer, rápido, chega-me aí esse despacho do ministério...»
A dita folha era, nem mais nem menos, do que uma folha arrancada ao desaparecido carnet. Arminho saltou-lhe em cima, de lupa em punho. «O caso está quase resolvido, deve haver impressões digitais e tudo...»
Entretanto, o blogue reproduz, na íntegra, a página frontal da dita folha. Verão que é realmente muito frontal:
«Hoje chegaram quase todos a horas. A PS atrasou-se um minutinho. O pior foi o ZT, que chegou às quatro e um quarto (a reunião é às quatro e dez). Puxar-lhe as orelhas. FG mostra fotografias no portátil. Alunos num acampamento, com ela e com R e com MJM. (ZT adormeceu. Puxar-lhe as orelhas). N pergunta se ainda faltam muitas fotografias. ZT ronca. Puxar-lhe as orelhas. FG ri-se sobretudo das fotografias com acidentes. Mostra um aluno a afogar-se. Diz que foi muito engraçado. Um aluno a fazer tiro ao alvo sobre outro aluno. Que foi muito divertido. ZT baba-se, dizendo coisas incompreensíveis no seu sono. Puxar-lhe as orelhas.»
Trata-se, pelos vistos, da descrição exaustiva de uma reunião. O criminoso pode ser uma das pessoas cujo nome se esconde sob as iniciais. Mas quem serão eles...?
«Cheira-me a esturro...», diz Arminho.
Ouve-se, na casa de banho, o ex-aflito puxar o autoclismo.
A COLUNA DE D.J. CARA DANJO: NOVAMENTE A QUESTÃO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO SEXUAL
men. êu tive uma prófe de física ke éra du bést. fôi a prófe máis bacâna ke êu já cunhessí e grássas a éla conçegi pressebêr a trapalháda dos átemos tipo ke ânda túdo lá dêntro numa grande rebáldaria estílo órgia mêsmo e ke uns çe transfórmão ein anõis e ôuteros ein gatõis. e inda á ken çe keixe da falta de álas de iducassão çékessuál no ênçino. éça prófe eisplicáva tudo con muintos bunécos e dáva o mássimo para nos capetár a atenssão. tipo uma vês depôis duma pregunta ke êu fís çoubre akéla sêna éla até comessou a pizár e a mordêr os eskêmas e os dezânhos dos átemos ke tinha trazído e tipo a berrár (êu não agoento máis) e por fín inda çe çentôu no xão a xurár e a dezêr (a menístra devía mas éra vir vêr isto) enfin túdo métudos çúper avanssádos pâra nos ençinár e a verdáde é ke até pudíamos axár estrânha akéla xuradêira mas parsendo ke não éstas côizas mudérnas funssiônão pq a jênte têve çenpre con bué datenssão a tôuda éça sêna déla a pizár e a murdêr os eskêmas e a xurár. çó têinho pêna ke uma prófe tão fantástica nunca tivéçe xegádo a pressebêr algumas côizas bué óvias e ke tôuda a jente tópa lógo. típo ke çe o átemo pérde gánha e çe gánha pérde. e tipo ke o puzitívo é negativo e o negativo é puzitívo. mas tudo bêin. ningém é prefeito.
10 maio 2007
AGENTE A ASAE INFILTRADA NA ESLAV
Um elemento da ASAE foi identificado na sala de professores, fazendo-se passar por uma professora de geografia. A agente apreendeu todos os bocadinhos de ananás, alegando que tinham sido cortados de modo irregular; "a minha vontade era fazer o mesmo aos morangos, que também não estão calibrados, mas quando dei conta, já tinha dado o toque de entrada."
DONA ANÉMICA SOFRE CRISE PÓS-TRAUMÁTICA
Por efeito do barulho provocado pelo hip-hop, Dona Anémica acumulou perturbações no ouvido e na voz, uma vez que passou a manhã a dizer "pouco barulho, que eu não oiço nada".
CALCINHAS UTILIZA PROFESSORES COMO COBAIAS
Sob o pretexto de realizar uma prova desportiva de marcha, Calcinhas reuniu um grupo de professores que conduziu durante duas horas até ao Estádio Nacional. Sabe-se agora, afinal, que os ditos professores foram utilizados para observar os efeitos da falta de assistência numa outra prova desportiva a decorrer ao mesmo tempo: um jogo de futebol entre professores super-hiper-activos que sofrem de privação crónica de assistência.
Um elemento da ASAE foi identificado na sala de professores, fazendo-se passar por uma professora de geografia. A agente apreendeu todos os bocadinhos de ananás, alegando que tinham sido cortados de modo irregular; "a minha vontade era fazer o mesmo aos morangos, que também não estão calibrados, mas quando dei conta, já tinha dado o toque de entrada."
DONA ANÉMICA SOFRE CRISE PÓS-TRAUMÁTICA
Por efeito do barulho provocado pelo hip-hop, Dona Anémica acumulou perturbações no ouvido e na voz, uma vez que passou a manhã a dizer "pouco barulho, que eu não oiço nada".
CALCINHAS UTILIZA PROFESSORES COMO COBAIAS
Sob o pretexto de realizar uma prova desportiva de marcha, Calcinhas reuniu um grupo de professores que conduziu durante duas horas até ao Estádio Nacional. Sabe-se agora, afinal, que os ditos professores foram utilizados para observar os efeitos da falta de assistência numa outra prova desportiva a decorrer ao mesmo tempo: um jogo de futebol entre professores super-hiper-activos que sofrem de privação crónica de assistência.
08 maio 2007
UM DESABAFO VERDADEIRAMENTE PEDAGÓGICO
Um átomo transforma-se em ião por perda ou ganho de electrões. Vejamos primeiro a constituição do átomo:
- protões (carga positiva) e neutrões (neutros, carga zero) no núcleo;
- electrões (carga negativa) movendo-se à volta do núcleo.
Ora o átomo é neutro, o que significa que o seu número de protões e electrões é sempre igual. Mas estes últimos safadinhos (eles movem-se!) por vezes "saltam" de um átomo. E aí a partícula em causa deixa de ser neutra. Pois é. Passa a ser um ião. Portanto vejamos:
- se um átomo ganha electrões fica com mais electrões do que protões, e portanto o ião formado é NEGATIVO (o chamado anião);
- se um átomo perde electrões, fica com mais protões do que electrões, e portanto o ião formado é POSITIVO (o chamado catião).
Isto parece-me simples. Não sei se concordam, mas espero sinceramente que sim. É que eu desespero todos os anos em que explico isto aos alunos do básico. Acreditem em mim, por favor: eu sou incansável em esquemas, desenhinhos, bonequinhos, bolinhas com sinais menos e mais...
Mas todos os anos a conclusão de muitos alunos é a mesma: "Ah! Então quando perde ganha e quando ganha perde!" Palavra que desespero com isto. Em vez de tentarem entender, eles tentam decorar! Mas porquê, Deus meu? Este ano tive um aluno que bateu todos os recordes: "Ah! Negativo é positivo e positivo é negativo!" Que me desculpem, mas... ARRRRRRGGGGGHHHHH!!!
07 maio 2007
UM BOM CONCELHO
No serviço não tenho tido a vida fácel, porque, como fui um dos ventores da TLEBS e como a TLEBS não deu certo, agora usam-me como bode respiratório. E não me deslargam! De maneira que ando a precisar, e o mais celebremente possível, de qualquer coisa para desmanchar os nervos. Já agora, qualquer coisa que sirva também para tratar da minha falta de carências efectivas, que a minha vida morosa tem sido uma desgraça. Mas o quê? Então, alembrei-me. Sabiam que tem havido física para adúltros no ginásio da escola? Não é que me faça falta um treino espacial, até porque não vou ser astronalta nem nada disso; e nunca hei-de ir de férias num foguetão, porque nunca me há-de saír o oramilhões. Mas gostava de poder amostrar o meu imbigo e os meus bissextos na praia, sem vergonhas nem convexos. Até vos dou um bom concelho e lanço a todos o réptil: vamos apracer por lá. Pelo que sei, nem temos que nos escrever, nem enviar uma carta rezistada, nem mandar imel, nem nada. Vestimos simplesmente uma techârte, calçamos uns ténes e toca a treinar os abomináveis. Aquilo é divertido porque depois o pessoal sai a tambalear de tanta eróbica mas ajunta-se em volta dumas sandes e dumas mines e enfrasca-se à fartazana; o pior é que depois passamos a noite a orinar. Eu vou apracer!
06 maio 2007
05 maio 2007
PALHA, FESTIVAL DA
- A mim ninguém me tira esta ideia: festival da palha, o nome leva água no bico.
- Uma maneira de se meterem com alguns, assim, como fazem os do blogue.
- Festival da palha...sim, às vezes aparece aí cada espantalho...
- Com os cabelos secos. Como palha...
- Piada ao bacalhau com natas? É só batata. Palha.
- Indirecta a quem devesse usar chapéu. De palha.
- Para tapar o cabelo parecer palha, palha d'aço.
- E há sempre quem não mexa uma palha.
- E o mais curioso é que há sempre que se chateie por dá cá quela palha...
- Uma maneira de se meterem com alguns, assim, como fazem os do blogue.
- Festival da palha...sim, às vezes aparece aí cada espantalho...
- Com os cabelos secos. Como palha...
- Piada ao bacalhau com natas? É só batata. Palha.
- Indirecta a quem devesse usar chapéu. De palha.
- Para tapar o cabelo parecer palha, palha d'aço.
- E há sempre quem não mexa uma palha.
- E o mais curioso é que há sempre que se chateie por dá cá quela palha...
04 maio 2007
O SOBE E DESCE DO PROVADOR DO BLOGUE
Como Luther King, I have a dream. Eu, desde menino, mantive sempre um mesmo sonho.
Ser provedor.
Mas como o blogue tem já uma provedora, muito respeitável, muito rigorosa, e, portanto, não posso ser também «provedor», vou nomear-me «provador» do blogue.
(Tive, paralelamente, um segundo sonho. Mas, esse sonho, só o tive uma vez: ser presidente do CE. Em todo o caso, como é ainda mais irrealizável, porque os astros garantem que o actual presidente é perene - o seu lema é: «O capitão é sempre o último a abandonar o barco! Só saio daqui quando a escola afundar... (já faltou mais!)» -, desforro-me fazendo-me passar por presidente: alguns colegas já devem ter reparado que deixei crescer uma barba de três dias e investi em casacos de bombazina, isto é, NO casaco, que eu cá só tenho um...!)
Ora, voltando ao que importa: o que faz um «provador»? Como se «prova» um blogue?
Bem, uma coisa que posso fazer é apontar pessoas e eventos que estão de parabéns, a subir, e, por outro lado, os que estão de não-parabéns, a descer. Não, também não quero o lugar da elasticada, que vai pontualmente parabenizando aniversariantes. Falo de outro tipo de parabéns...
DE PARABÉNS (vinte valores)- (Mas, já agora, a propósito de parabéns, eu podia também tratar de parabéns atrasados, por exemplo ao professor-POR - que é o que o senhor tem escrito no casaco -, que aniversariou a 28 de Março e não apreciou a não-referência no blogue. «Somos todos iguais, está visto, mas uns são mais iguais do que outros!», dizia o professor-POR). Pois parabéns, professor, por tudo: pelos anos, mas não só, por manter em forma o físico do grupo de professores da escola (olhamos para o Pochato, olhamos para o fantasmadaopera, e pensamos logo: «Sim senhor, abençoada ginástica semanal, que lhes molda deste modo os músculos; nem há barrigas tão musculadas...»; tenho mesmo ouvido a algumas colegas: «São um regalo para os olhos, até lavam a vista...»); e até por ter conseguido - consta - alargar o grupo às senhoras da secretaria. (Vemo-las trabalhar, e pensamos: «Sim senhor, esta agilidade, esta flexibilidade, esta rapidez no atendimento já devem ser efeitos da ginástica semanal...»)
AINDA DE PARABÉNS (vinte valores) - Há também que dar os parabéns à professora que, vencendo as intempéries, os entraves, os obstáculos, as resistências de tantos sectores da escola, conseguiu que se dignassem aceitar, para o bar da sala de professores, a tostadeira que ela queria oferecer. É preciso ter-se um objectivo e não se desistir.
***
DE NÃO-PARABÉNS (cinco valores) -Pela negativa, assinalo que o Pochato anda a desengraçar com o blogue. Vem gostando menos! Bem, ele confessou que está cansado e não tem tido sequer paciência para ler, mas o certo, o certo é que tem gostado muito menos.
E pronto. Por esta semana, detenho-me, que a reserva de pontos já não é grande e vou precisar de alguns para a titularidade!
Houve quem lesse este rascunho e se queixasse de que eu não sabia terminar, fechava abruptamente, até parecia que estava a escrever o post na sala dos DT e me tinha pirado assim que soube que o Guerreiro vinha aí! Eu!? Nããão!!!
Ser provedor.
Mas como o blogue tem já uma provedora, muito respeitável, muito rigorosa, e, portanto, não posso ser também «provedor», vou nomear-me «provador» do blogue.
(Tive, paralelamente, um segundo sonho. Mas, esse sonho, só o tive uma vez: ser presidente do CE. Em todo o caso, como é ainda mais irrealizável, porque os astros garantem que o actual presidente é perene - o seu lema é: «O capitão é sempre o último a abandonar o barco! Só saio daqui quando a escola afundar... (já faltou mais!)» -, desforro-me fazendo-me passar por presidente: alguns colegas já devem ter reparado que deixei crescer uma barba de três dias e investi em casacos de bombazina, isto é, NO casaco, que eu cá só tenho um...!)
Ora, voltando ao que importa: o que faz um «provador»? Como se «prova» um blogue?
Bem, uma coisa que posso fazer é apontar pessoas e eventos que estão de parabéns, a subir, e, por outro lado, os que estão de não-parabéns, a descer. Não, também não quero o lugar da elasticada, que vai pontualmente parabenizando aniversariantes. Falo de outro tipo de parabéns...
DE PARABÉNS (vinte valores)- (Mas, já agora, a propósito de parabéns, eu podia também tratar de parabéns atrasados, por exemplo ao professor-POR - que é o que o senhor tem escrito no casaco -, que aniversariou a 28 de Março e não apreciou a não-referência no blogue. «Somos todos iguais, está visto, mas uns são mais iguais do que outros!», dizia o professor-POR). Pois parabéns, professor, por tudo: pelos anos, mas não só, por manter em forma o físico do grupo de professores da escola (olhamos para o Pochato, olhamos para o fantasmadaopera, e pensamos logo: «Sim senhor, abençoada ginástica semanal, que lhes molda deste modo os músculos; nem há barrigas tão musculadas...»; tenho mesmo ouvido a algumas colegas: «São um regalo para os olhos, até lavam a vista...»); e até por ter conseguido - consta - alargar o grupo às senhoras da secretaria. (Vemo-las trabalhar, e pensamos: «Sim senhor, esta agilidade, esta flexibilidade, esta rapidez no atendimento já devem ser efeitos da ginástica semanal...»)
AINDA DE PARABÉNS (vinte valores) - Há também que dar os parabéns à professora que, vencendo as intempéries, os entraves, os obstáculos, as resistências de tantos sectores da escola, conseguiu que se dignassem aceitar, para o bar da sala de professores, a tostadeira que ela queria oferecer. É preciso ter-se um objectivo e não se desistir.
***
DE NÃO-PARABÉNS (cinco valores) -Pela negativa, assinalo que o Pochato anda a desengraçar com o blogue. Vem gostando menos! Bem, ele confessou que está cansado e não tem tido sequer paciência para ler, mas o certo, o certo é que tem gostado muito menos.
E pronto. Por esta semana, detenho-me, que a reserva de pontos já não é grande e vou precisar de alguns para a titularidade!
Houve quem lesse este rascunho e se queixasse de que eu não sabia terminar, fechava abruptamente, até parecia que estava a escrever o post na sala dos DT e me tinha pirado assim que soube que o Guerreiro vinha aí! Eu!? Nããão!!!
02 maio 2007
01 maio 2007
A COLUNA DE D. J. CARA DANJO: A CAMPANHA ANTITABÁGICA
êu fumo. çêi ke não devía fumár mas pelo mênos tómo alguns cuidádos con a çaúde tipo primêiro escôulho çempre os mássos ke têien escrito (fumár máta) e nunca lévo os ke têien escrito típo (fumár cáuza inputênssia). depôis têinho imênço cuidádo para não me açussedêr un dos pióres máles ke pódein açussedêr á çaúde de un fumadôr ke é tipo o mêu pái çentirme a xêirár a tabáco e tupár ke êu andêi a fumár. mas o ke é ke êu vêinho aki fazêr. vêinho aconçelhár os ôuteros menínos a não fumárein de manêira nenhúma pq iço fás muinto mál ós pulgõis. a çério mén. ein vês de fumárein ke fás tânto mál dêieme os sigárros a mín ke êu não minpórto. obrigádos mén.
O REPÓRTER ESTRÁBICO ESPREITOU O CONCÍLIO DOS DEUSES
Há pessoas capazes de tudo.
Até há gente neste mundo, vejam bem, capaz de torcer o nariz à ideia de que o fantasmadaopera estivesse no Concílio dos Deuses.
É perante os preconceitos e o obscurantismo da sociedade, que a imprensa deve cumprir o seu papel. Os verdadeiros repórteres percebem que não existe neutralidade. Devem tomar posição, quando é fundamental fazê-lo.
Eu, meus leitores, assisti a tudo.
O fantasmadaopera encontrava-se, efectivamente «lá». No dito Concílio. (O Olimpo era o Estádio da Luz).
Havia deuses visitantes, provenientes das mais diversas mitologias: lembro-me, assim de repente, de ver Odin, que chegou com o seu capacete alado e uma série de valquírias, e, mais ao fundo, uma deusa indiana com tromba de elefante.
O fantasmadaopera estava nos seus variados postos: primeiro, arrumando os veículos celestes; depois, recolhendo os casacos das visitas, tudo sempre com o mesmo sorriso gentil (embora se atrapalhasse um pouco ao ajudar uma determinada deusa de múltiplos braços a despir o casaco).
Vi-o, depois, a servir a bica a Júpiter e, mais tarde, a distribuir bebidas numa tabuleirozinho. Os canapés, o prato principal, o segundo prato, tudo era da responsabilidade de fantasmadaopera. Estou pronto a confirmar que a sua presença no concílio se revelou indispensável. De todo o lado se ouvia: «Pst! Ó fantasmadaopera...» e «Aqui já, fantasmadaopera», e «Traz-me isto, fantasma» ou «Traz-me aquilo, fantasma...!» Esteve incansável - percebe-se perfeitamente, após tanto serviço, por que razão tem pouca vontade de fazer seja o que for quando regressa à escola...
Estou pronto a jurar. Sou uma testemunha ocular. Sou até, para ser mais rigoroso, uma testemunha binocular.
Até há gente neste mundo, vejam bem, capaz de torcer o nariz à ideia de que o fantasmadaopera estivesse no Concílio dos Deuses.
É perante os preconceitos e o obscurantismo da sociedade, que a imprensa deve cumprir o seu papel. Os verdadeiros repórteres percebem que não existe neutralidade. Devem tomar posição, quando é fundamental fazê-lo.
Eu, meus leitores, assisti a tudo.
O fantasmadaopera encontrava-se, efectivamente «lá». No dito Concílio. (O Olimpo era o Estádio da Luz).
Havia deuses visitantes, provenientes das mais diversas mitologias: lembro-me, assim de repente, de ver Odin, que chegou com o seu capacete alado e uma série de valquírias, e, mais ao fundo, uma deusa indiana com tromba de elefante.
O fantasmadaopera estava nos seus variados postos: primeiro, arrumando os veículos celestes; depois, recolhendo os casacos das visitas, tudo sempre com o mesmo sorriso gentil (embora se atrapalhasse um pouco ao ajudar uma determinada deusa de múltiplos braços a despir o casaco).
Vi-o, depois, a servir a bica a Júpiter e, mais tarde, a distribuir bebidas numa tabuleirozinho. Os canapés, o prato principal, o segundo prato, tudo era da responsabilidade de fantasmadaopera. Estou pronto a confirmar que a sua presença no concílio se revelou indispensável. De todo o lado se ouvia: «Pst! Ó fantasmadaopera...» e «Aqui já, fantasmadaopera», e «Traz-me isto, fantasma» ou «Traz-me aquilo, fantasma...!» Esteve incansável - percebe-se perfeitamente, após tanto serviço, por que razão tem pouca vontade de fazer seja o que for quando regressa à escola...
Estou pronto a jurar. Sou uma testemunha ocular. Sou até, para ser mais rigoroso, uma testemunha binocular.
O XIQUE E O XOQUE
Hoje decido partilhar convosco uma notícia que me deixou fora de mim de contente! Alegrem-se meus queridos!, a nossa querida ministra continua a dar provas de grande vontade em mudar muitas coisas. Ela pode não saber vestir, pode não ter escolhido o melhor costureiro, pode não ter ao lado uma Paula Thrombone a aconselhá-la, mas apresentou-nos uma proposta super original!!! O ministério da educação quer rentabilizar os espaços escolares e propõe abrir a escola à comunidade, para a realização de festas. Já estou a ver, o chique que vai ser participar em vernissages, desfiles de moda, bailes de debutantes (as nossas alunas estão mesmo a precisar), meetings, cocktails, torneios desportivos e mais e muito mais. Digo-vos com a sinceridade que todos me conhecem: este ano lectivo está longe do terminar mas já estou ansiosa pelo próximo! E deixo aqui um recado: pindérias, cuidem-se! O próximo ano lectivo está reservado para outros andamentos!!! Sofistiquem-se!!! Já agora, uma notinha: deixem-se dessas ruralidades...
Xuac!!!
Xuac!!!
Subscrever:
Mensagens (Atom)